Na última terça-feira (17/12), o fotógrafo alemão Frank Altmann, de 60 anos, foi preso em Berlim após a suspeita de cometer exploração sexual infantil, produção de conteúdo de abuso sexual e estupro de vulnerável na Cidade de Deus, zona Oeste do Rio de Janeiro.
De acordo com a Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ), Frank Altmann foi capturado por agentes da Bundeskriminalamt, a Agência Federal de Investigação da Alemanha. A prisão do fotógrafo foi resultado de um trabalho investigativo e da troca de informações de inteligência entre a PCRJ e a agência policial alemã.
As investigações começaram após uma denúncia anônima à Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), apontando que um cidadão alemão liderava uma organização criminosa em Curicica, na zona Oeste do Rio. O grupo era responsável pela produção e comercialização de material de abuso sexual infantojuvenil, com foco no mercado europeu.
Em fevereiro deste ano, a Draco cumpriu um mandado de busca e apreensão no endereço do suspeito. No local, foram encontrados materiais de abuso armazenados em dispositivos eletrônicos, e o homem foi preso em flagrante.
O caso foi encaminhado à Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), que assumiu as investigações. Após perícia e outras diligências, foi descoberta uma associação criminosa, composta por outro alemão e um brasileiro, além do fotógrafo preso. A operação também identificou 20 vítimas que aparecem nos materiais apreendidos.
Após a prisão do alemão e do brasileiro, os outros europeus retornaram ao país de origem. “Um deles, chamado Jan-Juri Reetz, foi morto a facadas por sua namorada, que soube que o homem abusava sexualmente da filha dela. A mulher foi absolvida pela Justiça alemã”, informou a Polícia Civil.
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O fotógrafo alemão capturado nesta terça era o último envolvido no esquema de exploração sexual infantil ainda em liberdade. O mandado de prisão foi obtido pela Bundeskriminalamt a partir do conteúdo da investigação da DCAV.
Em sua residência, em Berlim, foi apreendido um HD contendo a identificação “Rio de Janeiro”, o que sugere a existência de conteúdo de exploração sexual infantojuvenil produzido no Estado. A Polícia Civil permanece em contato com a Agência de Investigação Alemã para receber o conteúdo e analisá-lo
*Com informações do portal Terra.