Nesta quinta (19), o Exército identificou três militares que teriam participado ou supostamente ajudado no furto de 21 metralhadoras do Arsenal de Guerra de Barueri, na Grande São Paulo. O furto teria ocorrido em 7 de setembro, quando o quartel estava esvaziado, e levou à investigação que deixou 480 militares aquartelados nos últimos dias.
Dentre as 21 metralhadoras que sumiram do arsenal, 13 são de calibre .50, com a capacidade de derrubar aeronaves.
Trata-se do maior desvio de armas registrado pelo Exército brasileiro desde 2009, quando o Instituto Sou da Paz começou a fazer esse tipo de levantamento.
As investigações em torno do desaparecimento das armas, bem como a busca por elas, conta com a participação das polícias Civil e Militar.
Leia mais:
Sumiço de metralhadoras é maior furto do Exército desde 2009
Sumiço de 21 metralhadoras em quartel do Exército em SP deixa militares aquartelados
Fontes de alta patente do Exército afirmam ao site Metrópoles que os três militares, já identificados, teriam ajudado a colocar as armas de grosso calibre em um carro, usado para levá-las até um ponto de entrega. Eles estavam de plantão durante o feriado.
As armas teriam sido deixadas em um veículo do tipo Agrale Marruá que estava estacionado na garagem do quartel do Comando Militar do Sudeste.
As investigações apuram se o trio de oficiais foi corrompido por criminosos, e se as armas teriam sido repassadas ou vendidas para o crime organizado. O Exército também pretende punir internamente os responsáveis pelo controle do armamento, pois eles só notaram o desaparecimento das armas um mês após o incidente.
O Exército também informou nesta quinta-feira que as investigações prosseguem sob sigilo.