• Amazonas
  • Política
  • Economia
  • Polícia
  • Colunistas
  • Esportes
  • Brasil
  • Mundo
  • Entretenimento
  • Lifestyle e Bem Estar
Buscar

Ouça a Rádio 92,3

Assista a TV 8.2

Ouça a Rádio 92,3

Assista a TV 8.2

Ouça a Rádio 92,3

Assista a TV 8.2

  • Amazonas
  • Política
  • Economia
  • Polícia
  • Colunistas
  • Esportes
  • Brasil
  • Mundo
  • Entretenimento
  • Lifestyle e Bem Estar

Ouça a Rádio 92,3

Assista a TV 8.2

  • Amazonas
  • Política
  • Economia
  • Polícia
  • Colunistas
  • Esportes
  • Brasil
  • Mundo
  • Entretenimento
  • Lifestyle e Bem Estar
InícioNacional

Em apresentação, cantora gospel denuncia exploração sexual e tráfico de crianças em Marajó – PA

Um trecho que chamou atenção durante a apresentação, é a citação da cantora à Ilha do Marajó, abordando a realidade da exploração sexual de crianças no local, trazendo novamente o destaque sobre a situação.

Nacional
Ao final de sua apresentação, Aymeê relatou que que crianças na Ilha do Marajó chegam a se prostituir por R$5 para os turistas que visitam a região. (Foto: Divulgação)
Compartilhado
Facebook
Twitter
Pinterest
WhatsApp
    21 de fevereiro de 2024 às 22:44

    A cantora gospel Aymeê Rocha viralizou, na última sexta-feira (16/2), ao cantar sua música “Evangelho de Fariseus”, na semifinal do reality show gospel Dom Reality. Na canção, a artista faz críticas à instituições religiosas.

    Um trecho que chamou atenção durante a apresentação, é a citação da cantora à Ilha do Marajó, abordando a realidade da exploração sexual de crianças no local, trazendo novamente o destaque sobre a situação.

    “Enquanto isso, no Marajó, o João desapareceu esperando os ceifeiros da Grande Seara”.

    Ao final de sua apresentação, Aymeê relatou que crianças na Ilha do Marajó chegam a se prostituir por R$5 para os turistas que visitam a região.

    Denúncias

    Apesar desse ressurgimento recente, o fato é que casos de exploração sexual e pedofilia são investigados há décadas na região e foram alvo de inquérito iniciado a pedido da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados, em 2006.

    Em abril de 2006, o bispo emérito de Marajó, Monsenhor Dom José Luiz Azcona, apresentou denúncias ao Governo Federal e à presidência da CDHM na Câmara Federal, sobre casos de adolescentes que estariam sendo vítimas de exploração sexual no município de Portel (PA).

    Documentos da época, revelaram o envolvimento de políticos locais nos casos, como aliciadores levando meninas para prostituição. Ainda na época, o bispo do Marajó criticou a fala de um político e ratificou as denúncias que havia feito sobre a exploração de crianças e adolescentes, não apenas no município de Portel, mas também em toda a Ilha de Marajó.

    Em depoimento, uma jovem de 13 anos relatou que ao sofrer “todos os tipos de abusos sexuais possíveis” foi ameaçada de não poder voltar à escola e de sua família passar fome caso não fizesse o que agressor mandava.

    Dois anos mais tarde, Dom José Luiz Azcona (o mesmo religioso ouvido pelos deputados federais em 2006) voltou a ser notícia, após revelar novos casos de abuso contra crianças na Ilha de Marajó.
    Em 14 de abril de 2008, o site G1 divulgou que crianças entre 12 e 14 anos estariam se prostituindo em troca de comida em diversos municípios da região, como Breves, Portel e Melgaço. De acordo com o relato de Azcona, na época, muitas das vezes as crianças eram levadas para a prostituição pelos próprios pais.
    Elas abordam passageiros que transitam de barco pela região e oferecem o corpo em troca de dois quilos de carne e cinco latas de óleo de cozinha.
    Em 2010, a CPI da Pedofilia destacou casos no Pará. Entre março de 2008 e dezembro de 2010 foi instaurada na Câmara dos Deputados, em Brasília, uma comissão parlamentar de inquérito para investigar denúncias de casos relacionados ao abuso infantil.

    No período, a chamada CPI da Pedofilia apresentou 14 projetos de lei, elaborados para erradicar, ou ao menos reduzir, os casos em todo o país.

    No relatório final apresentado pelos parlamentares, a Ilha de Marajó ganhou um destaque sendo apontada pela CPI como um “caso crítico”.

    De acordo o relatório, os crimes sexuais seriam favorecidos pelas condições de pobreza que envolvem 40% da população.

    O relatório apontou que entre os suspeitos pelos crimes diversas autoridades – entre elas prefeitos, deputados, conselheiros de tribunais de contas e até mesmo conselheiros tutelares.

    Já em 2019, a situação ganhou um novo destaque, quando então a ministra da Família e Direitos Humanos, Damares Alves, alertou que a região abrigava um grande esquema de tráfico e prostituição de menores. Damares chegou a lançar o programa “Abrace o Marajó” com o objetivo de implementar ações sociais visando reduzir a fome. A situação foi apontada como determinante para o alto índice de casos de exploração sexual na região, uma vez que as crianças estavam se prostituindo por falta de alimentação adequada.

    Diversas organizações civis e instituições públicas expressaram críticas contundentes à eficácia do programa no arquipélago. No ano de 2021, o governo federal foi questionado pelo Ministério Público Federal (MPF), pela Defensoria Pública da União (DPU), pelo Ministério Público do Pará (MPPA) e pela Defensoria Pública do Estado do Pará (DPE) em relação às denúncias levantadas.

    Em outubro de 2022, após a discussão levantada por Damares durante um culto evangélico sobre a situação na Ilha, autoridades do Pará, incluindo o Ministério Público, solicitaram à então ministra que apresentasse evidências das alegações feitas. Contudo, as provas nunca foram fornecidas. Ela relatou que crianças na região tinham dentes arrancados para facilitar o sexo oral.

    O Ministério Público Estadual moveu uma ação civil pública contra Damares, enquanto o Ministério Público Federal tomou medidas legais contra a União e a ex-ministra, buscando uma indenização de R$ 5 milhões por danos sociais e morais coletivos, a serem investidos em projetos sociais para a região.

    Repercussão

    Os relatos de exploração sexual de menores na região ressurgiram após a canção, e agora, diversos vídeos compartilhados por moradores surgiram nas redes sociais. No entanto, apesar desse cenário alarmante, a Ilha do Marajó está atualmente inserida no Programa Cidadania Marajó. Lançado pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, o programa visa combater o tráfico e o abuso sexual de crianças e adolescentes.

    Veja o vídeo:

    falem sobre a ilha de marajó. o que acontece lá fora é importante também mas não se esqueçam do Brasil. JUSTIÇA PELA ILHA DE MARAJÓ. JUSTIÇA PELAS CRIANÇAS. E aqui tem um vídeo pra quem quiser se informar, pois não vi NINGUÉM na mídia falando sobre. #ilhademarajó pic.twitter.com/aLnGfXh3R6

    — jazz 🍉 (@nightshsde) February 21, 2024

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

    - Publicidade -
    Siga-nos no Threads

    A cantora gospel Aymeê Rocha viralizou, na última sexta-feira (16/2), ao cantar sua música “Evangelho de Fariseus”, na semifinal do reality show gospel Dom Reality. Na canção, a artista faz críticas à instituições religiosas.

    Um trecho que chamou atenção durante a apresentação, é a citação da cantora à Ilha do Marajó, abordando a realidade da exploração sexual de crianças no local, trazendo novamente o destaque sobre a situação.

    “Enquanto isso, no Marajó, o João desapareceu esperando os ceifeiros da Grande Seara”.

    Ao final de sua apresentação, Aymeê relatou que crianças na Ilha do Marajó chegam a se prostituir por R$5 para os turistas que visitam a região.

    Denúncias

    Apesar desse ressurgimento recente, o fato é que casos de exploração sexual e pedofilia são investigados há décadas na região e foram alvo de inquérito iniciado a pedido da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados, em 2006.

    Em abril de 2006, o bispo emérito de Marajó, Monsenhor Dom José Luiz Azcona, apresentou denúncias ao Governo Federal e à presidência da CDHM na Câmara Federal, sobre casos de adolescentes que estariam sendo vítimas de exploração sexual no município de Portel (PA).

    Documentos da época, revelaram o envolvimento de políticos locais nos casos, como aliciadores levando meninas para prostituição. Ainda na época, o bispo do Marajó criticou a fala de um político e ratificou as denúncias que havia feito sobre a exploração de crianças e adolescentes, não apenas no município de Portel, mas também em toda a Ilha de Marajó.

    Em depoimento, uma jovem de 13 anos relatou que ao sofrer “todos os tipos de abusos sexuais possíveis” foi ameaçada de não poder voltar à escola e de sua família passar fome caso não fizesse o que agressor mandava.

    Dois anos mais tarde, Dom José Luiz Azcona (o mesmo religioso ouvido pelos deputados federais em 2006) voltou a ser notícia, após revelar novos casos de abuso contra crianças na Ilha de Marajó.
    Em 14 de abril de 2008, o site G1 divulgou que crianças entre 12 e 14 anos estariam se prostituindo em troca de comida em diversos municípios da região, como Breves, Portel e Melgaço. De acordo com o relato de Azcona, na época, muitas das vezes as crianças eram levadas para a prostituição pelos próprios pais.
    Elas abordam passageiros que transitam de barco pela região e oferecem o corpo em troca de dois quilos de carne e cinco latas de óleo de cozinha.
    Em 2010, a CPI da Pedofilia destacou casos no Pará. Entre março de 2008 e dezembro de 2010 foi instaurada na Câmara dos Deputados, em Brasília, uma comissão parlamentar de inquérito para investigar denúncias de casos relacionados ao abuso infantil.

    No período, a chamada CPI da Pedofilia apresentou 14 projetos de lei, elaborados para erradicar, ou ao menos reduzir, os casos em todo o país.

    No relatório final apresentado pelos parlamentares, a Ilha de Marajó ganhou um destaque sendo apontada pela CPI como um “caso crítico”.

    De acordo o relatório, os crimes sexuais seriam favorecidos pelas condições de pobreza que envolvem 40% da população.

    O relatório apontou que entre os suspeitos pelos crimes diversas autoridades – entre elas prefeitos, deputados, conselheiros de tribunais de contas e até mesmo conselheiros tutelares.

    Já em 2019, a situação ganhou um novo destaque, quando então a ministra da Família e Direitos Humanos, Damares Alves, alertou que a região abrigava um grande esquema de tráfico e prostituição de menores. Damares chegou a lançar o programa “Abrace o Marajó” com o objetivo de implementar ações sociais visando reduzir a fome. A situação foi apontada como determinante para o alto índice de casos de exploração sexual na região, uma vez que as crianças estavam se prostituindo por falta de alimentação adequada.

    Diversas organizações civis e instituições públicas expressaram críticas contundentes à eficácia do programa no arquipélago. No ano de 2021, o governo federal foi questionado pelo Ministério Público Federal (MPF), pela Defensoria Pública da União (DPU), pelo Ministério Público do Pará (MPPA) e pela Defensoria Pública do Estado do Pará (DPE) em relação às denúncias levantadas.

    Em outubro de 2022, após a discussão levantada por Damares durante um culto evangélico sobre a situação na Ilha, autoridades do Pará, incluindo o Ministério Público, solicitaram à então ministra que apresentasse evidências das alegações feitas. Contudo, as provas nunca foram fornecidas. Ela relatou que crianças na região tinham dentes arrancados para facilitar o sexo oral.

    O Ministério Público Estadual moveu uma ação civil pública contra Damares, enquanto o Ministério Público Federal tomou medidas legais contra a União e a ex-ministra, buscando uma indenização de R$ 5 milhões por danos sociais e morais coletivos, a serem investidos em projetos sociais para a região.

    Repercussão

    Os relatos de exploração sexual de menores na região ressurgiram após a canção, e agora, diversos vídeos compartilhados por moradores surgiram nas redes sociais. No entanto, apesar desse cenário alarmante, a Ilha do Marajó está atualmente inserida no Programa Cidadania Marajó. Lançado pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, o programa visa combater o tráfico e o abuso sexual de crianças e adolescentes.

    Veja o vídeo:

    falem sobre a ilha de marajó. o que acontece lá fora é importante também mas não se esqueçam do Brasil. JUSTIÇA PELA ILHA DE MARAJÓ. JUSTIÇA PELAS CRIANÇAS. E aqui tem um vídeo pra quem quiser se informar, pois não vi NINGUÉM na mídia falando sobre. #ilhademarajó pic.twitter.com/aLnGfXh3R6

    — jazz 🍉 (@nightshsde) February 21, 2024

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

    - Publicidade -
    Instagram Rede Onda Digital

    Cadastre-se

    Temas:
    casosDestaqueexploraçãoIlha de Marajópedofilia
    Ingrid Galvão
    Ingrid Galvão
    Deixe seu comentário

    Mais lidas

    Nacional

    VÍDEO: Médico embriagado agride paciente e simula queda em UBS de São Paulo

    24 de fevereiro de 2025 às 14:43
    Um médico, que não teve o nome divulgado, foi demitido pela Prefeitura de Diadema, na Grande São Paulo, após agredir uma paciente na unidade...
    Nacional

    BBB 25: Saiba como foi a formação do 6º paredão da temporada

    24 de fevereiro de 2025 às 07:56
    Neste domingo (23/2), o sexto paredão do Big Brother Brasil (BBB 25) foi definido. A berlinda está entre Diogo, Vilma e Vitória Strada. O Big...
    - Publicidade -
    UEA - Universidade Estadual do Amazonas  - Informativo
    Nacional

    Marcelo Rubens Paiva é agredido em homenagem no bloco Baixo Augusta

    23 de fevereiro de 2025 às 16:48
    O escritor Marcelo Rubens Paiva, autor do livro “Ainda Estou Aqui”, que inspirou o filme que concorre a três estatuetas no Oscar, passou um...
    Nacional

    Incêndio atinge garagem de ônibus escolares no interior e na Grande SP

    23 de fevereiro de 2025 às 14:57
    Na manhã deste domingo (23/2), um incêndio de grandes proporções atingiu uma garagem de vans e ônibus escolares, em Lorena, cidade localizada no interior...
    - Publicidade -
    Tribunal de Contas do Estado do Amazonas
    Nacional

    Corpo de menina de 2 anos é encontrado em cisterna da casa da família no RJ

    23 de fevereiro de 2025 às 12:41
    O corpo da menina identificada como Eloah Vitória, de dois anos de idade, foi encontrado, na manhã deste domingo (23/2), na cisterna da casa...
    Nacional

    Avião da Gol colide com pássaro e retorna a Brasília após decolagem

    23 de fevereiro de 2025 às 12:22
    Na manhã deste domingo (23/2), um avião da Gol colidiu com um pássaro e teve que retornar ao Aeroporto de Brasília. O pouso aconteceu...
    - Publicidade -
    FECOMÉRCIO
    - Publicidade -
    TV Onda Digital
    Rádio e TV Onda Digital
    Rádio Onda Digital
    Leia também
    Nacional

    VÍDEO: Médico embriagado agride paciente e simula queda em UBS de São Paulo

    24 de fevereiro de 2025 às 14:43
    Um médico, que não teve o nome divulgado, foi demitido pela Prefeitura de Diadema, na Grande São Paulo, após agredir uma paciente na unidade...
    Nacional

    BBB 25: Saiba como foi a formação do 6º paredão da temporada

    24 de fevereiro de 2025 às 07:56
    Neste domingo (23/2), o sexto paredão do Big Brother Brasil (BBB 25) foi definido. A berlinda está entre Diogo, Vilma e Vitória Strada. O Big...
    Nacional

    Marcelo Rubens Paiva é agredido em homenagem no bloco Baixo Augusta

    23 de fevereiro de 2025 às 16:48
    O escritor Marcelo Rubens Paiva, autor do livro “Ainda Estou Aqui”, que inspirou o filme que concorre a três estatuetas no Oscar, passou um...
    Nacional

    Incêndio atinge garagem de ônibus escolares no interior e na Grande SP

    23 de fevereiro de 2025 às 14:57
    Na manhã deste domingo (23/2), um incêndio de grandes proporções atingiu uma garagem de vans e ônibus escolares, em Lorena, cidade localizada no interior...
    Nacional

    Corpo de menina de 2 anos é encontrado em cisterna da casa da família no RJ

    23 de fevereiro de 2025 às 12:41
    O corpo da menina identificada como Eloah Vitória, de dois anos de idade, foi encontrado, na manhã deste domingo (23/2), na cisterna da casa...
    Nacional

    Avião da Gol colide com pássaro e retorna a Brasília após decolagem

    23 de fevereiro de 2025 às 12:22
    Na manhã deste domingo (23/2), um avião da Gol colidiu com um pássaro e teve que retornar ao Aeroporto de Brasília. O pouso aconteceu...
    Fale através do email
    jornalismo@redeondadigital.com.br
    Editorias
    • Amazonas
    • Política
    • Economia
    • Polícia
    • Colunistas
    • Esportes
    • Brasil
    • Mundo
    • Entretenimento
    • Lifestyle e Bem Estar
    Rede Onda Digital
    • Disque Denúncia
    • Grupos de Whatsapp
    • Política de Privacidade
    Nas Redes
    Facebook
    Instagram
    Twitter
    Threads
    Youtube
    © Copyright Rede Onda Digital 2025
    plugins premium WordPress