Nesta sexta, 25, o juiz José Arthur Diniz Borges, da 8ª Vara Federal do Rio de Janeiro, aceitou uma ação movida pelo Ministério Público Federal contra o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques. Ele assim se torna réu e vai responder por improbidade administrativa.
O MPF argumentou que Vasques fez uso indevido do cargo ao pedir voto para o presidente Jair Bolsonaro na véspera do segundo turno da eleição. O diretor da PRF fez post em redes sociais com esse pedido de votos, e pouco depois o apagou.
Leia mais:
Moraes rejeita ação do PL e multa partido em R$ 22 milhões
Polícia Federal abre inquérito sobre diretor-geral da PRF
A conduta do diretor da PRF e da própria instituição no dia do segundo turno atraiu controvérsia. A despeito de determinação contrária do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a PRF promoveu diversas blitzes em estradas e parou ônibus que realizavam transporte de eleitores, especialmente em estados do Nordeste. Naquele mesmo dia, o presidente do TSE Alexandre de Moraes determinou a suspensão imediata dessas operações e intimou Silvinei Vasques. A conduta da PRF frente às manifestações em todo o país após o resultado das eleições também foi questionada.
O MPF também pediu o afastamento do diretor. Porém, o juiz determinou em seu despacho que deseja ouvir Vasques – que está de férias – antes de tomar decisão.