O ministro Luís Felipe Salomão, corregedor nacional de Justiça, decidiu afastar o desembargador Luís César de Paula Espíndola das atividades no Tribunal de Justiça do Paraná até o final de um processo disciplinar do qual é alvo no Conselho Nacional de Justiça. A decisão foi assinada nesta quarta (17/7).
No início deste mês, o desembargador estava presidindo sessão da corte que analisava o julgamento do caso de uma menina de 12 anos de idade que se sentiu assediada pelo professor. Ele afirmou que, ao contrário, na verdade seriam as mulheres que “estão loucas atrás dos homens”.
Espíndola declarou que era absurdo a adolescente “estragar a vida desse professor”, e disse:
“Quem está correndo atrás dos homens são as mulheres. Não tem no mercado, né? A mulherada está louca para levar um elogio, uma piscada, uma cantada respeitosa. Vai ao parque só tem mulher com cachorrinho, louca para encontrar um companheiro. A paquera é uma conduta que sempre existiu, sadia”.
A cena foi gravada e o vídeo depois viralizou na internet. Veja abaixo:
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Na semana passada, Espíndola pediu licença temporária do TJ paranaense até 31 de julho.
O magistrado já tinha sido condenado anteriormente, pela lei Maria da Penha: Espíndola foi condenado pelo Superior Tribunal de Justiça por quatro meses e 20 dias de prisão, em regime aberto, por violência doméstica contra a irmã e a mãe em caso ocorrido em 2013. A maioria da Corte substituiu a pena por prestação de serviço à comunidade e determinou que retornasse para o cargo.
Espíndola também já foi absolvido após denúncia por lesão corporal contra uma dona de casa, sua vizinha, após a vítima e as testemunhas não comparecerem ao julgamento.
Com informações de Carta Capital.
