O deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) compareceu esta tarde à superintendência da Polícia Federal em Brasília para colocação da sua tornozeleira eletrônica. Ele enfim concordou com a instalação do equipamento após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinar, ontem, multa diária de R$ 15 mil e bloqueio das contas bancárias do deputado, caso ele continuasse a não ser monitorado pela tornozeleira.
Silveira é réu no Supremo por estimular atos antidemocráticos e ameaçar instituições, entre elas o próprio STF. Ano passado ele divulgou vídeo com ameaças a ministros do Supremo e foi preso. Em novembro do ano passado ele foi libertado, sob a condição de não participar de atos, não se comunicar com outros investigados nem de acessar redes sociais.
Leia mais:
Polícia Federal vai à Câmara dos Deputados, mas Daniel Silveira não coloca tornozeleira
Ato em Brasília marca despedida de ministros que vão disputar eleições
Silveira desobedeceu essas condições, e Moraes determinou no dia 25 que tornozeleira fosse colocada. A ordem do ministro atendeu pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que determinou que o deputado continuava praticando “comportamento delitivo contra o Estado Democrático de Direito, ameaçando e proferindo inúmeras ofensas” contra membros do STF.
No dia 29, Silveira proferiu discurso contra Moraes no plenário da Câmara, e dormiu em seu gabinete para evitar cumprir a decisão judicial, alegando que a polícia não pode agir dentro do Congresso Nacional. Silveira passou esses dias dentro do prédio do Congresso, inclusive participando hoje do evento de despedida dos ministros do Governo, que contou com o presidente Jair Bolsonaro.