O vice-presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Marcio Milan, afirmou, nesta quinta-feira (20/2), que a alta dos preços dos ovos é “atípica” e foge do padrão observado nos últimos anos.
Milan explicou que a alta típica dos preços dos ovos ocorre antes da Quaresma — tradição do Cristianismo, que começa após o Carnaval, em que são praticados penitência, jejum e caridade. É um período em que normalmente há queda no consumo de carne vermelha, então o ovo aparece como fonte viável de proteína. E com a maior demanda, ocorre o aumento de preços.
Ele explicou:
“Agora, estamos diante de uma elevação muito mais forte e antecipada ao nosso ver. Estamos diante de um cenário atípico, que exige atenção redobrada”.
Nos últimos anos, o preço do ovo geralmente sobe em março.
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Entenda a crise dos ovos
O preço dos ovos de galinha teve alta de 40% na segunda quinzena de janeiro, segundo a Abras. No momento, a inflação acumulada em 12 meses é de 4,56%. No mês passado, o grupo Alimentação e bebidas subiu 0,96%.
A inflação de alimentos passou de -0,5% em 2023 para 8,2% em 2024. Com forte aceleração nos preços de carnes, leite e derivados e café.
O aumento fez com que o presidente Lula se manifestasse: Na quarta (19/2), ele disse publicamente que é “absurdo” uma caixa com 30 ovos ser vendida a R$ 40, e que iria se reunir com produtores.
O governo aposta na queda do dólar e (que recuou em torno de 10% nos últimos 60 dias) e na “supersafra” de 2025.
Com informações de Metrópoles.