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Cidades que mais desmatam Amazônia têm pior situação social

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Após analisar 47 indicadores de qualidade de vida de áreas como saúde, educação, segurança e moradia, o Índice de Progresso Social (IPS) 2023 mostrou que o desmatamento está relacionado com o baixo desenvolvimento da Amazônia. Publicado pelo Imazon, o estudo apontou que os municípios que mais destruíram a floresta nos últimos três anos tiveram os piores desempenhos sociais.

Os 29 territórios com as notas mais altas no IPS (superiores a 61,80) apresentaram um desmatamento médio de 20 km² entre 2020 e 2022, segundo dados do Projeto Prodes (Inpe). Por outro lado, os 89 municípios que tiveram as avaliações mais baixas (inferiores a 50,12) derrubaram uma média de 86 km² nesse período, mais que quatro vezes mais.

Além disso, o IPS médio dos 20 municípios com as maiores áreas de floresta destruídas nos últimos três anos (52,30) foi menor do que o da Amazônia (54,32). Um exemplo dessas notas baixas é São Félix do Xingu, no sul do Pará. O município devastou mais de 1,7 mil km² de floresta no período e obteve um IPS de apenas de 52,56.

Seis municípios do Amazonas figuram entre os 20 que mais desmataram nesse período. Lábrea, que é o terceiro do ranking com 1,6 mil km² e IPS de 52,97; Apuí, o quinto com maior área desmatada (1,3 mil km²); Novo Aripuanã com 599,7 km² e IPS de 57,99; Boca do Acre com 522,5 km² e IPS de 51,32; Humaita com 476,2 km² e IPS de 55,19; e Manicoré com 461,28 km² e IPS 56,78;

“O IPS é um pouco melhor nas capitais e em alguns territórios com mais de 200 mil habitantes. Por outro lado, em geral, os municípios com altas taxas de desmatamento apresentam notas muito baixas. Isso mostra mais uma vez que a expansão da derrubada não gerou desenvolvimento na Amazônia. Pelo contrário, deixou os 27 milhões de habitantes da região sob condições sociais precárias”, destaca Beto Veríssimo, cofundador do Imazon e coordenador da pesquisa.


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Em 2020, por exemplo, a Amazônia foi responsável por cerca de 52% das emissões de gases de efeito estufa do Brasil, mas contribuiu com apenas 9% do PIB.

“As curvas de crescimento econômico e desmatamento estão dissociadas. No período de maior queda na taxa de derrubada, entre 2004 e 2012, a economia da Amazônia cresceu. E o contrário ocorreu nos últimos anos, de 2017 a 2022, quando a destruição aumentou e a economia esteve em baixa”, completa Veríssimo.

Em relação ao Brasil, cujo IPS foi de 67,94, a nota da Amazônia em 2023 foi 25% menor (54,32). Já na comparação mundial, se a região fosse um país, o desenvolvimento social amazônico equivaleria ao de Malawi. A nação africana está na posição 125ª entre 169 países avaliados no último IPS Global, de 2022. Ou seja: a Amazônia estaria em uma posição sofrível: 44º pior país em qualidade de vida. Embora o índice mundial possua indicadores diferentes, essa comparação ilustra a situação social crítica que afeta a região.

Além disso, nenhum dos nove estados da Amazônia Legal superou a média nacional. Mesmo a maior nota, de Mato Grosso (57,38), ainda foi 18% inferior à do Brasil. Os piores resultados foram do Pará (52,68), Acre (52,99) e Roraima (53,19).

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