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Ciclista que cruzou o Brasil de bicicleta desaparece na fronteira com Essequibo, na Guiana

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Um indivíduo de 63 anos desapareceu nas proximidades da fronteira do Brasil com Essequibo, na Guiana, enquanto realizava uma expedição de bicicleta sozinho. A jornada teve início no Chuí (RS), no extremo sul do país, e tinha como destino o Monte Caburaí, localizado no ponto mais ao norte do Brasil, em Roraima.


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O missionário e ciclista George da Silva de Souza foi visto pela última vez no município de Uiramutã (RR) em 27 de março, cerca de um mês atrás. Sua esposa e filho foram até Boa Vista para acompanhar as investigações, mas, desde quarta-feira (24/04), não receberam informações adicionais.

George, um militar aposentado da Força Aérea Brasileira, iniciou a expedição em 19 de abril do ano anterior, no Arroio Chuí, na fronteira com o Uruguai, que é reconhecido como o ponto mais ao sul do território brasileiro.

Ele chegou a Uiramutã, no norte de Roraima, em 25 de março e planejava continuar sua jornada de bicicleta até o Monte Caburaí.

Na última vez que entrou em contato com a família, George mencionou que avisaria quando passasse por alguma comunidade indígena. Sua última comunicação foi por chamada de vídeo com a esposa, por volta de 8h30 do dia 27 de março.

Sem notícias, a família registrou dois boletins de ocorrência por desaparecimento. O primeiro foi feito pelo irmão em 11 de abril na delegacia virtual da Polícia Civil. O segundo foi registrado pela esposa na segunda-feira (22) no 1º Distrito Policial, após receberem informações de que ele havia sido avistado na Guiana.

Segundo informações da Polícia Civil, investigadores descobriram que cerca de 20 dias antes George havia passado pela região de Uiramutã e até dormido em uma igreja. O prazo estabelecido por George para retornar do Monte Caburaí era 8 de maio. O acesso ao Monte Caburaí é difícil, não há estradas e o trajeto é feito apenas por trilhas em meio à mata fechada.

A região dos rios que faz a divisa entre Brasil e Guiana, onde estão os rios Maú e Uailã, também é de difícil acesso. Para atravessar os rios, é necessária uma embarcação e a ajuda de indígenas locais.

“A Polícia Civil informa ainda que a região onde George adentrou é de mata fechada e sem acesso à internet, o que dificulta ainda mais os esforços de comunicação e possível resgate”, afirma a nota policial, caso George esteja em área brasileira.

Com a possibilidade de ter atravessado a fronteira, a Polícia de Roraima informou que não possui jurisdição para realizar buscas no país vizinho.

Os Bombeiros relataram que estão mantendo contato direto com os familiares e os orientaram a entrar em contato com o Consulado da Guiana em Roraima para que as equipes possam realizar buscas no país vizinho, caso se confirme que ele tenha entrado no território guianense.

Em 2002, há 21 anos, George empreendeu uma jornada semelhante que se estendeu por 79 dias. Naquela ocasião, partiu de bicicleta de Uiramutã em direção ao Chuí. Atualmente, George reside com sua esposa em Bertioga, no interior de São Paulo.

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