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Escolha dos bumbás de Parintins para festival de Curitiba é alvo de comentários xenofóbicos na web

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A escolha dos bumbás de Parintins, Caprichoso e Garantido, para a abertura da 32ª edição do Festival de Curitiba, que ocorre entre os dias 25 de março e 7 de abril, foi alvo de comentários negativos na rede social X (antigo Twitter).

Essa é a primeira vez que os bois irão se apresentar em um evento dessa magnitude no sul do Brasil. Os bumbás foram convidados pela organização do evento para representar a força da cultura popular da floresta com suas lendas, celebrações, rituais indígenas e os costumes do universo caboclo ribeirinho traduzidos em arte, toada e Boi Bumbá.


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Os comentários diziam: “O sul é lindo e tem coisas lindas, não precisa disso”. Outra disse: “Ah não, né.. Cada um com as suas culturas e tradições. Deixa lá”. Um terceiro disse: “O sul é lindo e tem coisas lindas, não precisa disso”.

Veja os comentários abaixo:

 

Vale lembrar que manifestar aversão, hostilidade ou ódio configura o crime de Xenofobia, que conforme a Lei Nº 9.459/97. Enquadra aqueles que possam praticar, induzir, incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. Além disso, quem comete xenofobia é passível a reclusão de um a três anos e multa.

Alguns foram a favor e outros contra. “Gente, morei em Manaus quando era criança, vocês não imaginam o choque de cultura e hospitalidade que minha família teve quando chegamos. Uma das lembranças mais forte são o amor e o respeito eles tem pelo Garantido e Caprichoso. Óbvio que fui “obrigada” a gostar/torcer pra um. E digo que mesmo crescendo e de longe… meu coração é vermelho ❤️ 🙌🙌🙌 Vou me programar para ir ver… e dançar rsrsrsrsr”, disse uma internauta.

A lenda do Boi Bumbá

A história é narrada todos os anos sempre de modo diferente. Na lenda que deu origem, a Mãe Catirina, que estava grávida, sente o desejo de comer língua de boi, especificamente, do animal preferido do “amo”, o rico fazendeiro para quem seu marido, Pai Francisco, trabalhava. Para agradar sua esposa, Francisco mata o animal.

Ao descobrir, após chamar um médico para certificar a morte do boi, o patrão manda capturar o seu serviçal. Para trazer a vida de volta ao animal, o “amo” chama um padre, que atualmente é representado pelo Pajé que, com seus rituais, consegue ressuscitar o animal, motivo de comemoração com uma grande festa que também marca o perdão de Pai Francisco e de Mãe Catirina.

 

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