No fim da noite de domingo (14/4), o barco encontrado com 20 corpos a bordo no litoral paraense neste fim de semana foi resgatado e rebocado até uma área de trapiche em terra firme. A embarcação foi conduzida até um porto em Bragança, cidade do nordeste paraense, a 215 km da capital, Belém.
Polícia Federal, Bombeiros, Marinha e outras autoridades concluíram o reboque da embarcação, do mar até o porto.
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Por volta da 1h desta segunda-feira (15/04) começou a tentativa de içar o barco com auxílio de uma máquina retroescavadeira, para retirá-lo da margem do rio e colocá-lo em um caminhão. Este transporte levará o barco até o Instituto Médico Legal em Bragança para início da perícia.
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A operação para transportar o barco até Bragança durou mais de 12 horas, ao longo do domingo. Na manhã de domingo, uma força tarefa com autoridades federais, estaduais e municipais foi ao encontro da embarcação com os corpos, assim que a maré subiu, e foi iniciada a operação de reboque do barco. O tenente dos bombeiros Hugo Moura, um dos envolvidos no resgate, afirmou à imprensa:
“É uma missão que requer pressa, porque quanto mais dias passa, com a decomposição, mais fica difícil de a perícia trabalhar, mas temos que trabalhar com todo cuidado, com segurança para não danificar a embarcação, navegando em áreas muito rasas”.
Entenda o caso
A embarcação com vítimas foi achada por pescadores na manhã de sábado (13). O barco foi avistado nas proximidades da ilha de Canela, região que dá acesso ao oceano Atlântico.
Dentro da embarcação havia vinte corpos, sem identificações e já em estado de decomposição, informação que foi confirmada pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal.
Tadeu Barbosa, um dos bombeiros que esteve no local onde o barco foi encontrado, disse:
“Pelo estado que estão já, bem desidratados, tem bastante dias, talvez até mais de um mês”.
A suspeita é as vítimas sejam estrangeiras, visto que as autoridades da região não foram notificadas sobre desaparecimento de barcos com pessoas no Brasil. Peritos no IML vão trabalhar na identificação dos corpos.
A Polícia Federal abriu inquérito para apurar a nacionalidade das vítimas e as circunstâncias da morte. Uma equipe de papiloscopistas da Polícia Federal de Brasília foi para Bragança trabalhar na identificação das vítimas. Já o Ministério Público Federal (MPF) abriu duas investigações sobre caso, uma na área criminal e outra civil.
*Com informações de G1