O advogado Daniel Godoy, que representa a defesa de Marcelo Arruda, petista assassinado enquanto comemorava seu aniversário no último sábado pelo agente penal bolsonarista Jorge Guadanho, afimou hoje que pretende pedir por mais investigações à Justiça do Paraná. Mais cedo, hoje, a delegada que investiga o caso, Camila Cecconello, chefe da DHPP (Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa), indiciou Guaranho, mas considerou que o crime não teve motivação política.
Godoy disse:
“Queremos a busca da verdade. A investigação não pode ser produza para incriminar um ou afastar a responsabilidade de outro. Existe toda uma rede de disseminação de ódio e violência política no Brasil. A nossa sociedade espera dos seus mandatários que eles ajam com ética e moralidade. Esse é o fundamento da nossa constituinte e de tratados internacionais. O Brasil nunca viveu momento com esses desde a redemocratização”.
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Guaranho foi indiciado por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e por causar perigo a outras pessoas. A investigação concluiu que o atirador foi à festa para “provocar” os participantes, mas a Polícia Civil entendeu não haver provas suficientes para constatar que houve crime de ódio com motivação política.
O atirador segue internado em estado grave, mas estável, com traumatismo craniano.