O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou a nomeação de Andrey Belousov como novo Ministro da Defesa, substituindo Sergei Shoigu. A confirmação veio do Kremlin neste domingo (12/05).
Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, afirmou que Shoigu foi destituído do cargo de ministro da Defesa e nomeado secretário do Conselho de Segurança da Federação Russa, além de ser vice-presidente de Putin na Comissão Militar-Industrial.
Belousov, que já ocupou o cargo de vice-primeiro-ministro russo, é um civil e foi selecionado por Putin devido à necessidade de inovação no ministério, destacando-se o aumento do orçamento, que está próximo dos níveis da Guerra Fria.
“Hoje, no campo de batalha, o vencedor é aquele que está mais aberto à inovação”, disse Peskov. “Portanto, é natural que, no estágio atual, o presidente tenha decidido que o Ministério da Defesa russo deve ser chefiado por um civil.”
Nikolai Patrushev, anteriormente secretário do Conselho de Segurança, foi dispensado e deverá ser transferido para outra função.
Peskov enfatizou a importância da inovação no atual cenário geopolítico, salientando que o vencedor no campo de batalha é aquele mais aberto à inovação. Ele também mencionou a aproximação da situação econômica dos anos 80, devido às circunstâncias geopolíticas atuais.
“Este não é apenas um civil, mas uma pessoa que liderou com muito sucesso o Ministério do Desenvolvimento Econômico da Rússia. Ele foi assessor do presidente em questões econômicas por muito tempo e, também, foi o primeiro vice-presidente do governo no gabinete anterior”, acrescentou Peskov.
Apesar da mudança, Peskov afirmou que a nomeação não indica uma alteração no sistema militar russo.
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O Chefe do Estado-Maior, Valery Gerasimov, continuará suas atividades, enquanto Shoigu supervisionará o complexo industrial militar da Rússia.
A notícia da nomeação de Belousov surge após a prisão de um aliado próximo de Shoigu, o vice-ministro da Defesa Timur Ivanov, no mês passado, em meio a um escândalo de corrupção.
Ivanov foi acusado de aceitar suborno, o que marcou o maior escândalo de corrupção do país desde a invasão à Ucrânia há mais de dois anos.
Shoigu também enfrentou críticas por sua abordagem à invasão da Ucrânia, particularmente do chefe do grupo de mercenários Wagner, Yevgeny Prigozhin, antes de sua morte em agosto de 2023.
*Com informações da CNN