Um carregamento com ajuda humanitária à Faixa de Gaza, enviada pelo Brasil e por outros países, está retida em um depósito da Cruz Vermelha em El-Arish, cidade egípcia a cerca de 50 km da fronteira com Rafah, no extremo sul da Faixa de Gaza.
As caixas contêm medicamentos, equipamentos hospitalares e outros insumos. O deputado italiano Angelo Bonelli, que esteve no depósito no Egito, afirmou que a entrega do material aos palestinos tem sido impedida pelo governo israelense, que estaria alegando que a ajuda “é incompatível e perigosa para a segurança do Estado de Israel“.
O bloqueio foi denunciado pelo deputado italiano que integra a delegação na região da fronteira. Angelo Bonelli, do partido Europa Verde, afirmou que os insumos estão em uma tenda da organização Crescente Vermelho que faz parte da Cruz Vermelha.
Água, alimentos e suplementação médica são aprovados pelo governo para entrar no território. Nos pacotes, estariam purificadores utilizados para tratamento de água. Segundo informações, esse seria o motivo para o carregamento ter sido barrado. Os equipamentos funcionam com placas de energia solar, que poderiam ser utilizadas pelo Hamas.
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A diplomacia de Israel negou que tenha bloqueado a entrega dos pacotes e acusou o Egito.
“Nós não controlamos isso, só escutamos a segurança e, então, os egípcios são quem decide o que vai entrar, a prioridade e a ordem. Isso não está nas mãos de Israel”, disse Judith Galili Metzer em Tel Aviv.
A Cruz Vermelha afirmou não ter informação sobre a ajuda humanitária enviada pelo Brasil. Em nota, a entidade disse que “Israel, como potência ocupante, tem a obrigação de garantir que a ajuda chegue aos civis em Gaza“.
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