O Vaticano emitiu um comunicado nesta terça-feira (24), informando que o papa Francisco aceitou a renúncia do bispo Grzegorz Kaszak do comando da diocese de Sosnowiec, no sul da Polônia, sem dar referências ao motivo da saída, informou a agência France Press.
O bispo tem 59 anos, a idade regular de aposentadoria para bispos é de 75. O que envolveu o nome do bispo foi um escândalo sexual, segundo a mídia polonesa, onde um dos padres da diocese de Kaszak, Tomasz Zmarzly, virou alvo de investigação criminal após organizar uma orgia gay, com um garoto de programa, em seu apartamento.
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Durante a festa, um dos participantes passou mal devido o uso excessivo de remédios para impotência, chegando a desmaiar. Segundo o site O Antagonista, os paramédicos foram impedidos de entrar na festa por Zmarzly, para socorrer o homem, e a polícia foi chamada e entrou no imóvel à força, para levar o paciente para um hospital.
“Quando paramédicos tentaram entrar no local para ajudar a pessoa, o padre teria tentado barrá-los. Ele foi, então, acusado pelas autoridades de recusar assistência a alguém cuja vida está em risco”, explica o texto da agência.
As versões
Segundo as informações do site UOL, o bispo primeiro disse que teria uma comissão para apurar “urgentemente” as circunstâncias do caso.
“Os recentes eventos nos encheram de grande dor, vergonha e raiva. Não sabemos tudo exatamente, o Ministério Público está investigando violações do direito civil, enquanto nossa comissão está investigando violações do direito divino e canônico”, declarou o bispo na ocasião.
Posteriormente, Kaszak escreveu uma carta para os padres de sua diocese afirmando que estava pronto para “aceitar as consequências” do escândalo e que não compactuaria com o “mal moral”.
O site oficial da diocese publicou a seguinte nota:
“O padre e outros dois laicos cometeram uma violação muito grave das normas morais, que a igreja não tolera e condena com veemência. O incidente virou um motivo de grande escândalo para os fiéis e de justificada indignação pública”.
