Trump pede que companhias tratem espaço aéreo da Venezuela como “totalmente fechado”

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou neste sábado (29/11) que as companhias aéreas devem tratar o espaço aéreo da Venezuela como “totalmente fechado”. A orientação foi publicada na rede social Truth Social e amplia o alerta já emitido pelo governo norte-americano sobre riscos na região. O recado também foi direcionado a pilotos, além de traficantes de drogas e de pessoas.

No comunicado, Trump reforçou que aeronaves devem evitar sobrevoar o território venezuelano e áreas próximas. A posição surge dias após a Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA, na sigla em inglês) alertar para o aumento da atividade militar e o agravamento da segurança na Venezuela, apontando “risco potencial” para voos em todas as altitudes.

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A recomendação das autoridades norte-americanas levou diversas companhias aéreas a cancelarem voos com destino ou rota passando pela Venezuela. Em resposta, o governo de Nicolás Maduro revogou a licença de operação de pelo menos seis empresas, entre elas TAP, Avianca, Turkish Airlines e Gol. A decisão foi anunciada na quinta-feira (27).

O aumento das tensões ocorre em meio à pressão militar exercida por Washington na região do Caribe. Na semana anterior, o governo Trump já havia sinalizado que ofensivas terrestres contra o narcotráfico na Venezuela poderiam começar “muito em breve”. Segundo o presidente, o tráfico marítimo foi reduzido, e o foco agora seria impedir o transporte de drogas por via terrestre.

Trump afirmou ainda que o objetivo é forçar grupos criminosos a interromper o envio de entorpecentes para os Estados Unidos, classificando as ações como parte de um esforço para reforçar a segurança interna. Até o momento, o governo venezuelano não se pronunciou sobre a nova declaração do presidente norte-americano.