Trabalhadores estrangeiros atraídos por promessas de uma vida melhor acabaram encontrando apenas exploração em Portugal. Mas uma operação policial acabou com essa situação quando trinta e cinco pessoas que escravizavam trabalhadores estrangeiros foram detidas na região do Alentejo.
As prisões foram feitas numa grande operação da Unidade Nacional Contra Terrorismo, da Polícia Judiciária do país, por suspeitas de tráfico de seres humanos, associação criminosa e branqueamento de capitais.
De acordo com as autoridades, os detidos pertencem a uma rede criminosa, formada por cidadãos romenos, com a ajuda de alguns indivíduos portugueses e de outras nacionalidades, que de dedica à exploração de estrangeiros para trabalharem em explorações agrícolas.
Estas pessoas foram aliciadas nos países de origem tais como:
- Roménia,
- Moldávia,
- Marrocos,
- Argélia,
- Senegal,
- Índia,
- Paquistão.
Os detidos vão marcar presença perante o juiz de instrução criminal, em Lisboa, para o primeiro interrogatório e posterior aplicação das medidas de coação. A rede prometia bons salários às vítimas, assim como casa e condições de trabalho dignas. Apenas promessas, porque a realidade que encontraram foi bem diferente.
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DROGAS
O que à primeira vista poderia parecer apenas uma aventura a bordo de um veleiro, que atravessou o Atlântico com duas pessoas a bordo, entre um país da América Latina e Portugal, depressa se revelou ser aquilo que a Polícia Judiciária suspeitava: Um transporte de droga. A PJ apreendeu quase tonelada e meia de cocaína e deteve os dois homens.
Artur Vaz, diretor da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes (UNCTE) da Polícia Judiciária, explicou que os dois detidos são homens na casa dos 50 anos com muita experiência de navegação neste tipo de barcos. A droga deveria entrar por Portugal no mercado europeu.
Este foi um trabalho conjunto da Polícia Judiciária, da Marinha e da Força Aérea, que fez um voo de reconhecimento de dez horas e transmitiu as coordenadas que permitiram o sucesso da operação. As polícias do Reino Unido e EUA também colaboraram.