Em declaração a um canal local, o prefeito do arquipélago francês de Mayotte, no Oceano Índico, afirmou que centenas de pessoas, talvez até milhares, podem ter morrido vítimas do ciclone Chido. Neste domingo (15/12), François-Xavier Bieuville concedeu entrevista ao Mayotte La 1ere.
“Acho que certamente serão várias centenas, talvez cheguemos a mil, até muitos milhares”, afirmou Bieuville.
Perguntado sobre o número de mortos, o Ministério do Interior da França disse que “será difícil contabilizar todas as vítimas” e disse que não é possível determinar um número neste momento. Isso também também levanta preocupações sobre o acesso a alimentos, água e saneamento, disseram as autoridades.
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O ciclone Chido varreu Mayotte durante a noite, segundo o serviço de meteorologia Meteo-France, com ventos de mais de 200 km/h e danificando habitações improvisadas, edifícios do governo e um hospital. Foi a tempestade mais forte em mais de 90 anos que atingiu as ilhas.
“Quanto ao número de vítimas, será complicado saber porque Mayotte é um arquipélago muçulmano onde os mortos são enterrados em 24 horas”, disse anteriormente um funcionário do Ministério do Interior francês.
Localizada a quase 8.000 km de Paris e a uma viagem de quatro dias por mar, Mayotte é significativamente mais pobre do que o resto da França e tem lutado contra a violência de gangues e a agitação social por décadas. As tensões foram alimentadas no início deste ano pela falta de água.
*Com informações do UOL