Disponível livremente em farmácias, sem necessidade de receita médica, o paracetamol está entre os remédios mais consumidos de todo o mundo. De acordo com a Food and Drug Administration (FDA), a agência regulatória dos Estados Unidos, o uso de paracetamol foi a principal causa de falência hepática entre 1998 e 2003.
Segundo o levantamento, nos Estados Unidos 48% dos casos, a overdose foi acidental, as vítimas não sabiam que tinham ultrapassado o limite diário de consumo da medicação.
Um outro estudo, feito pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças, estima que a overdose por esse medicamento leva a 56 mil visitas ao pronto-socorro, 26 mil hospitalizações e 458 mortes por ano.
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O principal problema acontece no fígado, responsável por metabolizar o fármaco. Cerca de 5% do remédio se transforma em quinoneimina, uma substância tóxica para o corpo.
As agências de saúde estipulam um limite de 4 gramas (ou 4 mil miligramas) por dia para os adultos. Em crianças de 2 a 11 anos, a dose de paracetamol depende do peso corporal (são de 55 a 75 mg por quilo em um dia). Já abaixo dos 2 anos, é sempre necessário consultar o médico antes de dar o remédio. Em caso de 500 miligramas ou 1 grama, o adulto não pode ultrapassar as quatro ou oito unidades (a depender da dosagem) a cada 24 horas.
No Brasil, é comum a indicação médica de paracetamol nas unidades de saúde do país ou até mesmo pela automedicação. Principalmente em casos uma gripe ou resfriado, por exemplo, para amenizar os sintomas (dor, febre, nariz entupido) e pode ultrapassar sem querer esse limite.