Nove dias se passaram desde o início do conflito entre Israel e Hamas em 15 de outubro, resultando em mais de 3 mil mortes, uma crise humanitária na Faixa de Gaza e a ampliação do conflito para uma escala regional.
No último sábado (14), a Síria testemunhou um ataque de mísseis executado por caças israelenses contra o Aeroporto Internacional de Aleppo. Segundo informações do Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), a força aérea israelense visava o Hezbollah, grupo que reivindicou a responsabilidade por ataques no norte de Israel no começo do dia.
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Crise humanitária
As Forças de Defesa de Israel (FDI) anunciaram nas redes sociais que não atacariam o norte de Gaza até as 13h do domingo, permitindo que os civis se desloquem para o sul. A ONU alertou sobre as dificuldades humanitárias desse deslocamento, após o adiamento do prazo de evacuação.
Ainda assim, o governo de Israel não recuou da determinação, o que levou centenas de milhares de famílias a deixarem tudo para trás. E, em meio a essa mobilização, os bombardeios não cessaram.
Apesar da ordem de retirada, os bombardeios continuam, forçando centenas de milhares de famílias palestinas a abandonarem suas casas. A medida afeta mais de 1,1 milhão de palestinos, incluindo quase metade de crianças, mas Israel mantém a possibilidade de uma invasão terrestre na região.
Nesse sábado (14/10), em um comunicado, as Forças de Segurança de Israel afirmaram preparar ataques por “ar, mar e terra” contra a Faixa de Gaza.
Segundo a porta-voz da Unicef, Sara Al Hattab, a guerra resultou na morte de 700 crianças palestinas e deixou 2,4 mil feridas em Gaza. Metade das vítimas recentes eram mulheres e crianças. Além dos bombardeios, o bloqueio de Israel causou escassez de suprimentos essenciais, incluindo alimentos, combustíveis e remédios. A falta de energia impactou a usina de dessalinização de água e a rede de abastecimento de água também foi afetada pelos ataques.