O ex-secretário de Turismo de Bariloche, na Argentina, Gastón Fernando Burlón, de 51 anos, morreu na tarde desta segunda-feira (13/1), um mês após o turista ter sido baleado ao entrar por engano na comunidade do Escondidinho no Rio de Janeiro, ao errar o caminho para o Cristo Redentor. A informação foi divulgada por um comunicado da Câmara de Turismo de Bariloche.
O crime aconteceu em 12 de dezembro de 2024, após Burlón, que estava acompanhado da família. Na ocasião, o argentino foi baleado duas vezes, na cabeça e no tórax, e levado ao Hospital Municipal Souza Aguiar.
Burlón passou pouco mais de um mês internado, com o quadro clínico considerado ‘gravíssimo’, até que não resistiu aos ferimentos. Em uma publicação nas redes sociais, a Câmara de Turismo de Bariloche lamentou a morte do ex-secretário e o descreveu como ‘uma referência comprometida e visionária’.
“Seu trabalho como funcionário público até o final de 2023, somado à sua marcante trajetória como empresário, presidente da Associação de Agências de Turismo de Bariloche, líder do Clube Estudantes Unidos e, mais recentemente, presidente da Câmara Argentina de Turismo Estudantil (CATE), reflete sua incansável dedicação ao crescimento de nosso setor”, escreveu o órgão.
Já a Embaixada do Brasil na Argentina transmitiu as condolências à família e aos amigos de Burlón, através de publicação em sua conta oficial no X.
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O crime
Um suspeito de envolvimento no crime, identificado como Sandro da Silva Vicente, teve a prisão decretada pela Justiça do Rio de Janeiro, mas ele continua foragido.
O Ministério Público fluminense também pediu a prisão de outros quatro indivíduos apontados como comparsas de Sandro, mas a juíza responsável pelo caso afirmou que “não há indícios suficientes de autoria” dos suspeitos.
De acordo com a Polícia Militar, Burlón estava dirigindo quando o GPS o levou a pegar um acesso à comunidade do Escondidinho, região dominada pela facção Comando Vermelho (CV).
O caso é investigado pela Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (Deat). A PM fluminense também prestou apoio para retirar o carro usado pelo argentino. Durante o crime, o veículo chegou a bater em um muro e ficou com a frente destruída.
À época, o juíz de plantão, Orlando Eliazaro Feitosa, relaxou a prisão de Sandro ao decidir que não havia “urgência qualificada” que embasasse “a necessidade de intervenção do Juízo de plantão”.
Burlón presidia atualmente a Câmara Argentina de Turismo Estudantil (CATE), uma associação que reúne empresas do setor, de acordo com o jornal argentino La Nación. Pelas redes sociais, ele se apresentava como proprietário de uma agência de viagens desde 2000.