Milhares de manifestantes vaiaram, nesta quarta-feira (19/3), em Jerusalém, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. A multidão o acusou de recomeçar os bombardeios na Faixa de Gaza e assim colocar em novo risco os 58 reféns que ainda permanecem sob poder do grupo palestino Hamas.
A manifestação, a maior dos últimos meses, foi organizada por grupos de oposição a Netanyahu, que protestam contra sua decisão de destituir Ronen Bar, o chefe do Shin Bet, o serviço de inteligência interno e de segurança.
O protesto ocorreu em frente ao prédio do parlamento de Israel, e contou com a presença de parentes dos reféns.
Os manifestantes chegaram a gritar as frases: “Você é o chefe, você tem a culpa” e “Você tem sangue nas mãos”. Outros exibiam cartazes com “Todos somos reféns” ou pedidos para que os Estados Unidos para “Salvem Israel de Netanyahu”.
Os parentes dos reféns consideram que, ao retomar os bombardeios desde terça (18), o primeiro-ministro “sacrificou” os reféns ainda vivos, que poderiam ter morrido sob as bombas.
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Das 251 pessoas sequestradas durante o ataque do Hamas de 7 de outubro de 2023 em Israel, que desencadeou a atual guerra, 58 continuam em cativeiro. Destas, o Exército israelense considera que 34 estão mortas.
Além disso, Netanyahu anunciou no último domingo que pretende destituir o chefe do Shin Bet, alegando que não tem confiança nele devido ao fracasso de Ronen Bar em impedir o ataque de 7 de outubro.
*Com informações de UOL.