Um novo decreto do presidente da Argentina, Javier Milei, publicado nesta segunda-feira (18/12), autoriza aumentos temporários de tarifas de energia e ajustes periódicos, além de implementar um controle sobre os órgãos reguladores locais de gás e eletricidade.
“Se medidas urgentes não forem adotadas, a má qualidade do serviço descrito piorará em detrimento dos usuários”, afirmou.
O decreto “emergencial” no setor de energia do país também diz que o governo buscará intervir no órgão regulador estadual de eletricidade e no órgão fiscalizador de gás a partir do início de 2024, com funcionários do governo analisando o funcionamento das entidades.
Em um decreto, o governo disse que os baixos preços da energia levaram à falta de investimento na rede de gás e eletricidade, acrescentando que irá buscar permitir que os preços subam de acordo com a livre concorrência do mercado para “garantir o fornecimento contínuo”.
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Há oito dias no comando da Argentina, Milei, que chegou ao poder prometendo usar uma “motosserra” nos gastos do Estado, tem como alvo os subsídios à energia e ao transporte, que custaram ao governo cerca de US$ 12 bilhões (R$ 59,31 bilhões) em 2022 e mantêm as contas das pessoas em cerca de 15% do custo.
O presidente da Argentina se comprometeu a reverter o déficit fiscal do país, mas o aumento das contas de energia aumentará a inflação, que já está próxima de 200%, e tende a prejudicar a população argentina, da qual mais de 40% está abaixo da linha da pobreza.
*com informações da CNN