Um ataque iraniano contra a cidade de Bat Yam, na região metropolitana de Tel Aviv, deixou mortos uma menina ucraniana de sete anos e três membros da sua família na noite de domingo (15/6). A vítima, identificada como Nastia Borik, havia fugido da guerra na Ucrânia em 2022 para receber tratamento contra um câncer em Israel.
Nastia estava em casa com a avó, Lena Peshkurova, de 60 anos, e os primos Konstantin Totvich, de 9 anos, e Ilya Peshkurov, de 13. Todos morreram na explosão. A mãe da menina, Maria Peshkurova, de 30 anos, continua desaparecida desde o ataque.
O pai, Artem Borik, permanece na Ucrânia, impedido de sair do país por estar convocado para a guerra contra a Rússia, seguindo as restrições impostas a homens em idade militar.
O bombardeio em Bat Yam faz parte da escalada de violência entre Irã e Israel, que já dura sete dias. De acordo com autoridades israelenses, ao menos seis pessoas morreram e 180 ficaram feridas no ataque à cidade.
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A tensão no Oriente Médio aumentou ainda mais nesta quinta-feira (19/6), quando um míssil balístico lançado pelo Irã atingiu o Hospital Soroka, na cidade de Beersheba, no sul de Israel. O ataque deixou cerca de 50 feridos.
Em resposta, as Forças de Defesa de Israel (IDF) realizaram bombardeios contra instalações nucleares no Irã, incluindo o reator de água pesada em Arak. Segundo a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o reator estava inativo no momento da ofensiva, e não houve vazamento de radiação.
A morte da menina ucraniana e de sua família chocou tanto israelenses quanto a comunidade internacional, evidenciando que, no meio dos conflitos, são os civis — muitos deles que já fugiam de outras guerras — quem seguem pagando o preço mais alto.
(*)Com informações da CNN Brasil