A cor preta em roupas pode estar associada à tristeza e sofrimento pela perda de um ente querido. Seu uso em eventos fúnebres persiste por décadas em várias partes do mundo, mas você conhece a origem da tradição?
O costume teve início em uma das famílias mais influentes da história, a realeza britânica, que trouxe da Europa.
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Tudo começou com a rainha Vitória, que viveu de 1819 a 1901. Durante esse tempo, a Inglaterra vivia a difusão do Romantismo, movimento artístico e social oriundo da Europa, que entre as pautas, defendia a revalorização da estética. A era foi marcada pelo retorno da preocupação estética da Belle Époque, e foi nesse cenário, após a morte do marido de Vitória, que começou a tradição da vestimenta preta em funerais.
No funeral do marido, a rainha Vitória e toda a corte vestiu preto pelos próximos 40 anos, até sua morte. A rainha, além da roupa preta, também definiu outras tendências como a árvore e decoração de natal, e a tradicional aliança de noivado dos casais.
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A cor preta poderia ser um detalhe do sentimental luto de 40 anos da Rainha Vitória após a morte de Albert, mas se tornou tradição em todo o Ocidente, se espalhando pelo mundo. A discrição e a sobriedade do tom ainda são motivos para que seja usado por pessoas que vão a velórios. Também está presente no vestuário de quem, no Dia de Finados, vai a cemitérios para orações e homenagens.
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Embora seja longa a tradição, as vestimentas pretas não são mais o “uniforme” dos cemitérios, principalmente no Brasil. Vestir a cor que mais absorve calor, por horas, sob o sol e em um país tropical, é uma tarefa que exige um esforço.