As Forças de Defesa de Israel (IDF) confirmaram neste domingo (15/06), uma extensa ofensiva militar em Teerã, capital do Irã, com foco em destruir parte da infraestrutura do programa de armas nucleares iraniano e tanques de combustível.
De acordo com nota divulgada no Telegram oficial das forças armadas israelenses, a Força Aérea Israelense “realizou uma extensa série de ataques baseados em inteligência contra diversos alvos em Teerã relacionados ao projeto de armas nucleares do regime iraniano”.

A operação teria como objetivo neutralizar avanços estratégicos do programa nuclear iraniano, que, segundo Israel, representa uma ameaça existencial.
Após os ataques, alguns moradores de Teerã começaram a sair da capital do Irã à medida que o pânico toma conta do país em meio ao crescente conflito com Israel. Segundo informações da CNN, muitos estão indo para o norte, perto do Mar Cáspio, que é mais rural e isolado.

Ataques ao Teerã tomam conta das redes sociais
Nas redes sociais, vários internautas estão divulgando fotos e vídeos dos ataques. Veja algumas postagens:
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Mais de 80 alvos atingidos em Teerã
Segundo informações do IDF, mais de 80 alvos foram bombardeados na capital iraniana. Entre eles estão a sede do Ministério da Defesa do Irã, a sede do projeto nuclear SPND — que coordena pesquisas avançadas em tecnologia nuclear —, além de locais estratégicos onde estariam escondidos os arquivos nucleares do país. O ataque faz parte de uma operação de grande escala: nos últimos três dias, Israel afirma ter atingido mais de 170 alvos militares e danificado cerca de 720 componentes de infraestrutura militar iraniana.
A ação contou com a participação de aproximadamente 50 caças da Força Aérea Israelense, que decolaram de várias bases aéreas espalhadas pelo território israelense e conduziram bombardeios de alta precisão. Israel classificou a ofensiva como “preventiva”, justificando o ataque como forma de impedir avanços críticos do programa nuclear do Irã.
Ofensiva preventiva e escalada diplomática
A primeira ofensiva ocorreu na última quinta-feira (12/6), quando Israel iniciou o que denominou de “ofensiva preventiva”. O governo israelense vinha, nos últimos meses, intensificando ameaças públicas ao regime do aiatolá Ali Khamenei, acusando Teerã de ignorar acordos internacionais e acelerar a produção de urânio enriquecido.
Mortos e feridos agravam cenário de crise
Os bombardeios israelenses e os contra-ataques iranianos resultaram em um número crescente de vítimas civis e militares. De acordo com informações atualizadas pelas próprias Forças de Defesa de Israel, o Irã retaliou com novos lançamentos de mísseis contra território israelense na manhã deste domingo. O ataque iraniano deixou ao menos 10 mortos e mais de 200 feridos em solo israelense.
Já do lado iraniano, estima-se que pelo menos 78 pessoas tenham morrido desde o início da ofensiva israelense, com centenas de feridos e enormes prejuízos na infraestrutura da capital Teerã e em outras regiões estratégicas. Em Israel, até o momento, foram confirmadas 13 mortes em decorrência do conflito.
O governo iraniano ainda não divulgou um posicionamento oficial sobre o impacto total dos bombardeios, mas analistas locais relatam que a destruição em áreas civis e militares pode comprometer atividades críticas do programa nuclear por meses ou até anos.