O filme brasileiro ‘Ainda estou aqui’ fez história e venceu o Oscar de Melhor Filme Internacional na noite de domingo (2), em Los Angeles (Califórnia, EUA), no Teatro Dolby. Esta é a primeira estatueta que o Brasil, que já tinha sido indicado 22 vezes, mas nunca venceu nenhuma categoria.
O filme brasileiro venceu uma forte concorrência: Emilia Pérez”, representando a França, “Flow”, da Letônia, “A Garota da Agulha” (The Girl with the Needle), da Dinamarca, e “A Semente do Fruto Sagrado” (The Seed of the Sacred Fig), da Alemanha.
Veja o momento do anúncio:
HISTÓRICO! O filme “Ainda Estou Aqui” ganhou o #Oscars de “Melhor Filme Internacional” 🇧🇷
🎥Reprodução Tv Globo pic.twitter.com/ciCC7bnch6
— Rede Onda Digital (@redeondadigital) March 3, 2025
Estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello, o longa de Walter Salles marcou retorno à categoria após 26 anos e levou a melhor após a quinta indicação de Melhor Filme Internacional.
Outras indicações
“Ainda Estou Aqui” ainda concorreu a Melhor Filme, que o vencedor foi ‘Anora’, e com Fernanda Torres como Melhor Atriz. Nessa segunda categoria, quem levou o prêmio foi Mikey Madison, também de ‘Anora’.
Saiba mais:
‘Ainda estou aqui’ tem melhor avaliação entre as produções da mesma categoria no Oscar
Oscar: Veja como foi a chegada de Fernanda Torres ao tapete vermelho
História de ‘Ainda estou aqui’
‘Ainda Estou Aqui’ é uma adaptação do livro autobiográfico de Marcelo Rubens Paiva, que narra a trajetória de sua mãe, Eunice Paiva, durante a ditadura militar no Brasil. Ambientada em 1970, a história retrata como a vida de uma mulher comum, casada com um importante político, muda drasticamente após o desaparecimento de seu marido, capturado pelo regime militar.

Forçada a abandonar sua rotina de dona de casa, Eunice (Fernanda Torres/Fernanda Montenegro) se transforma em uma ativista dos direitos humanos, lutando pela verdade sobre o paradeiro de seu marido e enfrentando as consequências brutais da repressão. O filme explora não apenas o drama pessoal de Eunice, mas também o impacto do regime militar na vida de milhares de famílias brasileiras, destacando o papel das mulheres na resistência.