O governo dos Estados Unidos anunciou, nesta sexta-feira (21/03), que a ex-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, está proibida de entrar no país devido ao seu suposto envolvimento em casos de corrupção durante seus mandatos. A decisão, comunicada pelo secretário de Estado de Donald Trump, Marco Rubio, também atinge o ex-ministro do Planejamento Julio Miguel De Vido e, segundo a imprensa argentina, os filhos da ex-presidente, Máximo e Florencia Kirchner.
De acordo com uma nota oficial divulgada pela Embaixada dos EUA em Buenos Aires, Kirchner e De Vido teriam se beneficiado financeiramente de esquemas de suborno ligados a contratos de obras públicas, resultando no desvio de milhões de dólares dos cofres argentinos. “Vários tribunais condenaram CFK e De Vido por corrupção, minando a confiança do povo argentino e dos investidores no futuro da Argentina”, afirma o comunicado.
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A medida faz parte da política dos Estados Unidos de sanções contra figuras envolvidas em corrupção ao redor do mundo. “Continuaremos promovendo a responsabilização daqueles que abusam do poder público para ganho pessoal”, diz o documento.
Cristina Kirchner reage e acusa Milei de influência na decisão
Após o anúncio, Cristina Kirchner utilizou suas redes sociais para criticar a decisão e acusar o presidente argentino Javier Milei de ter pedido a sanção diretamente ao governo Trump. “Você não conseguiu se conter e saiu postando imediatamente, deixando todos os sinais de que foi um pedido seu”, escreveu a ex-presidente no X (antigo Twitter).
Kirchner responde a processos por corrupção e já foi condenada em duas instâncias em pelo menos um dos casos. Ela recorreu da decisão à Suprema Corte argentina.
O presidente Javier Milei, adversário político de Kirchner, tem uma relação próxima com Donald Trump e foi o primeiro líder estrangeiro a se reunir com o presidente dos EUA após sua vitória na eleição de novembro de 2024.