Nesta sexta-feira, 18/4, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou se retirar das negociações para encerrar a guerra na Ucrânia caso não veja avanços, um sinal do cansaço que começa a se instalar em Washington quase 100 dias após o retorno do republicano ao poder.
O chefe da diplomacia norte-americana, Marco Rubio, afirmou que Washington dará um passo atrás caso a paz entre Moscou e Kiev não seja “factível“.
“Sim, muito em breve“, disse Trump a jornalistas no Salão Oval da Casa Branca quando lhe perguntaram se confirmava essa possibilidade. “Não há um número específico de dias, mas rapidamente, queremos que isso aconteça“, acrescentou.
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Trump se recusou a culpar o presidente russo, Vladimir Putin, que ordenou a invasão em grande escala da Ucrânia em fevereiro de 2022, ou seu par ucraniano, Volodymyr Zelensky. Mas insistiu que ambas as partes precisam avançar.
“Agora, se por algum motivo uma das duas partes dificultar muito, simplesmente vamos dizer: ‘Vocês são idiotas. São uns tolos. São pessoas horríveis’, e simplesmente vamos seguir em frente“, disse Trump. “Mas espero que não precisemos fazer isso.”
A Ucrânia concordou com um cessar-fogo total temporário e acusou a Rússia de tentar ganhar tempo para negociar em uma posição mais vantajosa.
Os russos o anunciaram em 18 de março, após uma conversa telefônica entre Trump e Putin, mas os ucranianos só se referiram a ele dias depois, após conversas com os americanos.
Além disso, desde então, Rússia e Ucrânia têm se acusado quase diariamente de violá-lo.
Antes do anúncio dessa trégua energética, Donald Trump havia proposto um cessar-fogo completo e incondicional, algo que Kiev aceitou, mas que Putin rejeitou.
*Com informações da AFP.