O pedido da companhia aérea Gol, nos Estados Unidos, de recuperação judicial, foi concedido pelo Tribunal de Falências de Nova York, na sexta-feira (26/1). Com a decisão, credores ficam impedidos de obter bens ou propriedades da companhia aérea e também ficam suspensas as ações contra a empresa.
Na quinta-feira (25/1), a Gol anunciou que entrou com um pedido de reestruturação de dívidas na Justiça dos Estados Unidos por meio do Chapter 11, semelhante à recuperação judicial no Brasil. Pelo processo, a empresa terá acesso a um financiamento de US$ 950 milhões (cerca de R$ 4,6 bilhões).
Seguindo orientações jurídicas, a Gol tem o objetivo no processo de reestruturar suas obrigações financeiras de curto prazo e “fortalecer sua estrutura de capital para ter sustentabilidade no longo prazo”. As dívidas da companhia são estimadas em R$ 20 bilhões.
O CEO da empresa, Celso Ferrer, disse em entrevista para jornalistas que a companhia continua suas operações de voos e tanto as passagens aéreas quanto as reservas permanecem em vigor.
“O processo de reestruturação pretende otimizar a Gol para sustentar o crescimento. Não devemos reduzir as aeronaves em serviço. O foco é endereçar os passivos durante esse período e organizar o fluxo daqui para frente”, afirmou.
De acordo com a companhia, o programa de fidelidade Smiles também não terá alterações e continuará disponível.
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Chapter 11
Na prática, a empresa acionou um instrumento legal nos Estados Unidos conhecido como “Chapter 11” (similar à recuperação judicial brasileira), utilizado pelas empresas para suspender a execução de dívidas e realizar reestruturação financeira e operacional.
O pedido foi feito no Tribunal de Falências dos EUA para o Distrito Sul de Nova York. Segundo o CEO da Gol, Celso Ferrer, a empresa optou pelo processo na Justiça norte-americana após recomendação dos advogados da companhia no país.