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“Estava tudo bem”, disse advogado sobre a última aparição de Alexei Navalny, morto na Rússia

O líder da oposição russa, Alexei Navalny, que morreu esta sexta-feira (16), aos 47 anos, foi visto em público, pela última vez, na quinta-feira (15/02), durante uma audiência por videoconferência num tribunal de Kovrov, região de Vladimir. O opositor russo falou a partir da colónia penal onde se encontrava e parecia estar bem.

O vídeo em questão foi destacado por Francis Scarr, da BBC Monitoring, que é responsável por analisar a televisão estatal russa.

“Ontem, Navalny parecia estar bem durante uma audiência em tribunal, na qual falou através de uma ligação vídeo a partir da sua colónia penal”, escreveu na legenda das imagens, que partilhou na rede social X (antigo Twitter).

Navalny tinha participado ontem em duas audiências no tribunal, sempre por vídeo, e não se queixou do estado de saúde, noticiou a agência estatal russa Ria Novosti.

“Ontem, tivemos duas audiências. Ele não se queixou, expressou-se ativamente”, disse o tribunal da região de Vladimir, onde Navalny esteve detido antes de ter sido levado para a colónia penal do Ártico onde morreu.

O advogado alemão de Navalny, Nikolaos Gazeas, confirmou estas afirmações numa entrevista ao diário alemão Kölner Stadt-Anzeiger, a ser publicada no sábado.

“Como de costume, ele apareceu de boa saúde e causou uma forte impressão”, disse o advogado, segundo a agência francesa AFP.

Segundo a Reuters, Navalny chegou a fazer piadas sobre o fato de estar a ficar sem dinheiro e o salário do juiz.

“Meritíssimo, vou enviar-lhe o número da minha conta pessoal para que possa usar o seu enorme salário de juiz federal para ‘aquecer’ a minha conta pessoal, porque estou a ficar sem dinheiro”, disse.

A agência noticiosa SOTA, responsável pela captação do vídeo partilhado por Scarr, informou que a audiência em questão foi convocada após uma “discussão” com um agente prisional que tentou confiscar uma caneta a Navalny, tendo sido depois decidido que deveria passar 15 dias numa solitária.


Leia também:

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Quem era Alexei Navalny?

Navalny ficou conhecido internacionalmente ao expor supostos casos de corrupção do governo, rotulando o partido Rússia Unida, de Putin, como “o partido dos vigaristas e ladrões”. Ao longo de sua vida, ele cumpriu várias penas de prisão e tinha milhões de seguidores nas suas redes sociais.

Em 2011, ele foi detido e encarcerado por 15 dias após protestos contra suposta fraude eleitoral do partido Rússia Unida nas eleições parlamentares. Navalny foi brevemente preso em julho de 2013 sob a acusação de peculato (apropriação de bens públicos), mas ele disse que a sentença era uma condenação política.

Ele tentou concorrer a presidente da Rússia em 2018, mas foi barrado por causa de condenações anteriores por fraude em um caso que ele novamente disse ter motivação política. Navalny foi condenado a 30 dias de prisão em julho de 2019, após convocar protestos não autorizados.

Quando estava na prisão, ele adoeceu. Os médicos o diagnosticaram com “dermatite de contato”, mas ele disse que nunca teve nenhuma reação alérgica aguda e seu próprio médico sugeriu que ele pode ter sido exposto a “algum agente tóxico”. Navalny disse na ocasião que podia ter sido envenenado.

Navalny também sofreu uma grave queimadura química no olho direito em 2017, depois de ter sido atacado com um corante antisséptico. Em 2019, sua Fundação Anticorrupção foi oficialmente declarada um “agente estrangeiro”, permitindo que as autoridades a submetessem a maiores controles estatais.

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O líder da oposição russa, Alexei Navalny, que morreu esta sexta-feira (16), aos 47 anos, foi visto em público, pela última vez, na quinta-feira (15/02), durante uma audiência por videoconferência num tribunal de Kovrov, região de Vladimir. O opositor russo falou a partir da colónia penal onde se encontrava e parecia estar bem.

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Navalny tinha participado ontem em duas audiências no tribunal, sempre por vídeo, e não se queixou do estado de saúde, noticiou a agência estatal russa Ria Novosti.

“Ontem, tivemos duas audiências. Ele não se queixou, expressou-se ativamente”, disse o tribunal da região de Vladimir, onde Navalny esteve detido antes de ter sido levado para a colónia penal do Ártico onde morreu.

O advogado alemão de Navalny, Nikolaos Gazeas, confirmou estas afirmações numa entrevista ao diário alemão Kölner Stadt-Anzeiger, a ser publicada no sábado.

“Como de costume, ele apareceu de boa saúde e causou uma forte impressão”, disse o advogado, segundo a agência francesa AFP.

Segundo a Reuters, Navalny chegou a fazer piadas sobre o fato de estar a ficar sem dinheiro e o salário do juiz.

“Meritíssimo, vou enviar-lhe o número da minha conta pessoal para que possa usar o seu enorme salário de juiz federal para ‘aquecer’ a minha conta pessoal, porque estou a ficar sem dinheiro”, disse.

A agência noticiosa SOTA, responsável pela captação do vídeo partilhado por Scarr, informou que a audiência em questão foi convocada após uma “discussão” com um agente prisional que tentou confiscar uma caneta a Navalny, tendo sido depois decidido que deveria passar 15 dias numa solitária.


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