A Justiça da Argentina concedeu prisão domiciliar à ex-presidente Cristina Kirchner nesta terça-feira (17/6). Ela foi condenada por corrupção em um esquema envolvendo 51 licitações de obras rodoviárias no sul do país, durante seus governos.
Kirchner não precisará se apresentar às autoridades nesta quarta-feira (18), como previsto inicialmente. Em vez disso, cumprirá pena em casa, usando tornozeleira eletrônica e com restrições de convivência.
A Justiça determinou que ela evite qualquer comportamento que perturbe os vizinhos e entregue, em até 48 horas úteis, uma lista com nomes de familiares, advogados, médicos e policiais autorizados a visitá-la. Visitas fora dessa lista só poderão ocorrer com autorização prévia.
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O advogado de defesa, Carlos Beraldi, afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não deve ser impedido de visitá-la.
A condenação foi confirmada pela Suprema Corte argentina em 10 de junho. Desde então, apoiadores da ex-presidente têm feito vigílias em frente à casa dela, em Buenos Aires. A defesa alega perseguição política e nega a participação de Kirchner nos crimes.