A Autoridade do Porto de Londres parou de emitir licenças para pessoas que procuram objetos de valor perdidos nas margens do rio Tâmisa. O passatempo já permitiu descobrir peças históricas.
Atualmente, os artefactos encontrados pelos “pescadores” de raridades devem ser entregues ao Museu de Londres, mas muitos conseguiram manter os seus tesouros.
“Passámos de cerca de 200 autorizações, emitidas há quatro ou cinco anos, para as atuais 5 mil. E este é um grande aumento”, diz James Trimmer, diretor do Porto de Londres, sublinhando que a medida vai ” proteger a integridade e a arqueologia da costa.”
COSTA FAMOSA
Livros sobre este passatempo londrino e imagens divulgadas nas redes sociais ajudaram a inspirar uma nova onda de entusiastas por essa espécie de arquologia amadora. A costa do Tamisa tornou-se uma atração internacional, mas a pausa nas licenças arruinou os planos de várias famílias.
“Investimos milhares de dólares para fazer esta viagem, que não pode ser alterada”, conta Michelle Ronback, residente no Canadá, que marcou férias em Londres com irmãs na próxima primavera.
MAIOR RIO INGLÊS
O Tâmisa é um rio que nasce no Sul da Inglaterra, banha Oxford e Londres e finalmente desagua no Mar do Norte.
De acordo com o serviço hidrológico do Reino Únido, o rio nas nasce perto da aldeia de Kemble, no distrito de Cotswolds, cruza Oxford, Wallingford, Reading, Henley-on-Thames, Marlow, Maidenhead, Eton, Windsor e Londres, num percurso de mais de 346 quilômetros de extensão, sendo assim o maiior rio inteiramente em solo inglês e o segundo maior de todo o território do Reino Unido.
No início de março de 2010, o rio teve o nível mais baixo já registrado pelo serviço hidrológico, o que revelou uma enorme quantidade de lixo, especialmente de garrafas e sacos plásticos. A ONG Thames21 tenta realizar a limpeza periódica do rio. Em dez anos, ela contabiliza que foram retiradas do rio cerca de 250 mil sacolas plásticas.