O tribunal de justiça de Missouri, nos Estados Unidos, condenou a empresa química e farmacêutica global Bayer, na sexta-feira (17/11) a pagar US$ 1,56 bilhão (cerca de R$ 7,6 bilhões) a quatro pessoas, que alegam ter contraído câncer através do uso do herbicida, vendido pela multinacional Monsanto, pertencente à companhia desde 2018, que anunciou recorrer a sentença.
“Diferentemente dos processos anteriores, os tribunais têm, nos casos recentes, permitido indevidamente que os demandantes apresentem de forma deturpada os fatos regulamentares e científicos”, alegou a empresa.
De acordo com o site Metrópoles, os favorecidos Valorie Gunther de Nova York, Jimmy Draeger do Missouri e Daniel Anderson, da Califórnia, receberam juntos US$ 61,1 milhões em indenizações compensatórias e US$ 500 milhões, cada um, em “indenizações punitivas”.
O acusadores alegam que, devido o uso do pesticida Roundup na propriedade de suas famílias, foram diagnosticados com um tipo de câncer, o linfoma não Hodgkin.
Rejeição
A empresa alemã Bayer sempre rejeitou as acusações contra o glifosato, resguardada em estudos que há décadas mostraram que o Roundup e seu ingrediente ativo, o glifosato, são seguros para uso humano.
Entretanto, a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC, na sigla em inglês), da Organização Mundial da Saúde (OMS) avaliou em 2015 a substância como “provavelmente cancerígena”.
*com informações Metrópoles