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Agressão a aluna brasileira na porta de escola choca Portugal

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Uma estudante brasileira de 14 anos foi agredida do lado de fora da escola onde estuda, em Santarém, na região do Ribatejo, em Portugal. As cenas violentas foram filmadas pelos alunos e disseminadas nas redes sociais. Alguns noticiários reproduziram o vídeo, que se tornou viral e chocou a população.

Uma das pessoas surpreendidas pela violência foi a mãe da vítima, a brasileira Lucélia Marília Oliveira. Segundo disse ao Portugal Giro, ela estava no restaurante onde trabalha quando foi alertada.

“Estava no restaurante e disseram: ‘Marília, olha a tua filha na TV’. Senti vergonha. Quando vi o vídeo, que já havia recebido sem saber que era minha filha, fiquei desesperada”, disse Oliveira.

Segundo Lucélia, a agressora é uma estudante portuguesa de outra escola e também teria 14 anos. A violência começou porque a portuguesa, filha de uma brasileira, teria ouvido um boato sobre a mãe.

Minha filha diz que inventaram fofoca sobre a mãe da agressora e, por causa disso, ela foi tirar satisfação. Ficou esperando a hora da saída, às 18h30, com uma amiga, que filmava enquanto ela batia”, declarou Oliveira.


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A agressora foi atrás da vítima, deu um tapa em seu rosto e, depois, consegue jogá-la na calçada. Imobilizada, a filha de Oliveira recebe uma sequência de socos no rosto. A mãe a levou para o hospital logo em seguida, a adolescente ficou com hematomas e não quer sair de casa, com vergonha.

A escola sugeriu que ela fique em casa. Oliveira disse que irá à delegacia com a filha. De acordo com ela, uma queixa já foi apresentada na última semana. Também haverá uma reunião na escola.

Nada teria acontecido se houvesse policiamento na porta das escolas. E se ela estivesse armada? Eu venho de uma favela de Fortaleza e vi muita coisa, mas nunca pensei em ver violência com minha filha em Portugal, afirmou Oliveira.

Oliveira diz que a filha já sofreu ameaças e xenofobia na escola. E o mesmo aconteceu com o filho menor. Os três, há cerca de quatro anos em Portugal, vivem sozinhos em Santarém, porque o marido e pai foi transferido para a França, onde trabalha na construção civil.

“Meus dois filhos sofreram insultos xenófobos e choraram quando ouviram ‘volta para tua terra’. Minha filha quer ir embora para o Brasil, sofre com o preconceito e pede socorro. Mas não penso em ir embora, penso que as coisas têm que mudar”, disse Oliveira.

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