Nos últimos dias, a internet foi inundada por uma nova trend de imagens inspiradas no estilo do Studio Ghibli, renomado estúdio japonês responsável por animações como A Viagem de Chihiro e Meu Amigo Totoro.
A tendência ganhou força após o ChatGPT liberar um gerador de imagens, atraindo um milhão de usuários em apenas uma hora nesta segunda-feira (31/03), segundo Sam Altman, CEO da OpenAI, empresa responsável pela ferramenta.
Embora o número total de usuários do ChatGPT não tenha sido divulgado, Altman relembrou que, no lançamento da plataforma em 2022, a marca de um milhão de usuários foi atingida em apenas cinco dias.
Miyazaki e a rejeição à IA
A popularização das imagens no estilo Ghibli fez ressurgir uma declaração polêmica do cofundador do estúdio, Hayao Miyazaki. Em 2016, o cineasta, hoje com 84 anos, afirmou ter ficado “totalmente enojado” ao assistir a um vídeo gerado por inteligência artificial. “Nunca desejaria incorporar essa tecnologia ao meu trabalho. Sinto fortemente que isso é um insulto à própria vida”, declarou na época.
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Até o momento, o Studio Ghibli não se pronunciou sobre a nova tendência que utiliza sua estética.
Uso intenso leva a restrições no gerador de imagens
Diante da alta demanda, a OpenAI anunciou um limite temporário de três imagens por dia na versão gratuita do ChatGPT. “É superdivertido ver as pessoas adorando imagens no ChatGPT. Mas nossas GPUs [unidades de processamento gráfico] estão derretendo”, disse Sam Altman, sugerindo que o alto uso da ferramenta pode comprometer sua infraestrutura.

A viralização do estilo Ghibli reforça o interesse do público por conteúdos gerados por IA, ao mesmo tempo em que reacende discussões sobre ética, direitos autorais e o impacto da tecnologia na arte.