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Posso usar pomadas anestésicas antes de fazer uma tatuagem?

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A aplicação de anestésicos na pele ao fazer uma tatuagem pode trazer riscos à saúde se houver superdosagem do medicamento. O excesso de medicamento, seja pomada ou spray, pode intoxicar o organismo.

Em quatro pontos, entenda abaixo como os anestésicos locais agem no organismo e quais são os riscos:

1. Como é o uso tópico de anestésicos?

Os anestésicos locais são usados em procedimentos médicos e odontológicos para bloquear o estímulo doloroso, dando uma sensação de alívio da dor para o paciente de maneira temporária. O uso tópico é feito diretamente na pele, com pomadas ou em spray. Há também soluções injetáveis.

Cremes anestésicos locais vendidos no mercado brasileiro só podem ser utilizados sob orientação médica, quando se prevê dor superficial na pele.

“É um medicamento excepcional que consegue bloquear o estímulo doloroso e, com isso, consegue permitir procedimento”, explica a anestesiologista Claudia Simões.

O uso precisa ser em pequena quantidade e em uma área limitada: a aplicação deve respeitar a dosagem recomendada para cada paciente. De acordo com a médica, esse cálculo é feito com base no peso da pessoa. Também é levada em conta a área onde o anestésico será aplicado.

Anestésicos desse tipo são bastante usados na área dermatológica, como em casos de preenchimento de lábios, remoção de verrugas, aplicação de botox e procedimentos com laser.

“O certo do produto é a gente passar em uma área que esteja limpa, deixa uns 15 minutos para anestesiar, retirar o produto e aí fazer o procedimento”, explica a dermatologista Viviane Scarpa.

2. A lidocaína é segura?

A lidocaína e outros anestésicos locais são seguros — se a dose máxima for respeitada e tenha prescrição médica.

“Desde que consigamos seguir as doses adequadas e conhecermos as peculiaridades do paciente, nós conseguimos manipular com extrema segurança”, afirma Claudia.

Segundo a anestesiologista Claudia Simões, a concentração-padrão da lidocaína spray mais encontrada no comércio é de 10%.

“Independentemente da concentração, eu preciso calcular qual é a massa de anestésico local que ele pode receber. Eu tenho que calcular quantas borrifadas da lidocaína spray ele pode receber”, afirma a médica.

Para a dermatologista Viviane Scarpa, o medicamento é seguro se usado na dose correta, no tempo correto e na área correta.

“Se você está fazendo uma tatuagem você está lesando o local. A gente nunca recomenda aplicar em pele lesada ou inflamada”, diz. “No caso da tatuagem, se o produto não é retirado, o produto vai ser levado ainda mais para dentro do corpo.”

3. Quais são os riscos da superdosagem?

Quando a dose máxima de anestésico é ultrapassada, a pessoa começa a sentir os efeitos tóxicos. E o corpo dá sinais de intoxicação conforme o medicamento vai sendo absorvido:

  • O primeiro sintoma é um gosto metálico na boca;
  • A pessoa também pode sentir um zumbido no ouvido e alternar momentos de sonolência e de agitação;
  • Nos casos mais graves, pode entrar em coma e ter uma parada cardiorrespiratória, levando a óbito.

Na manifestação dos primeiros sintomas, o ideal é remover o anestésico e levar o paciente imediatamente para o hospital, segundo a dermatologista Viviane Scarpa.

“A pessoa que está sendo anestesiada precisa ser orientada sobre a possibilidade de sentir essas alterações. Teoricamente, seria muito raro esse tipo de reação. Mas pode acontecer se houve superdosagem ou aplicação na área errada ou se manteve o anestésico por muito tempo”, afirma.

4. Quem está autorizado a fazer a aplicação?

O Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR) explica que a aplicação de anestésicos é um ato médico. Mas, em alguns casos, outras categorias, como dentistas, também podem utilizar as medicações.

Uma resolução do Conselho Federal de Medicina determina que para qualquer anestesia, exceto em situações de urgência e emergência, deve-se saber com antecedência “as condições clínicas do paciente, cabendo ao médico anestesista decidir sobre a realização ou não do ato anestésico”.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não possui nenhuma resolução própria sobre o uso de anestésicos em tatuagens ou por tatuadores. Em nota, a agência disse que “é vedada aos tatuadores a prescrição de quaisquer medicamentos” pois “somente profissionais de saúde podem prescrevê-los”, mas ressaltou que isso é uma competência dos conselhos profissionais.

Sobre a lidocaína tópica, a Anvisa disse que o texto que consta na bula “esclarece que o medicamento deve ser administrado por um profissional da saúde em ambiente hospitalar”.

Para a médica anestesiologista Claudia Simões, por conta dos cuidados em relação a aplicação e dosagem, anestésicos locais devem ser liberados apenas por “profissionais que tenham habilitação e capacitação para tratar complicações se eventualmente ocorrerem”.

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