A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que está monitorando uma nova variante do vírus SARS-CoV-2, batizada de NB.1.8.1, identificada pela primeira vez na China, em janeiro de 2025. A cepa tem se disseminado globalmente, especialmente em países da região do Pacífico Ocidental, enquanto a circulação da variante dominante anterior, LP.8.1, tem diminuído.
Apesar do avanço da nova variante, a avaliação de risco divulgada pela OMS na sexta-feira (23/5) aponta que o risco global associado à NB.1.8.1 é baixo. Segundo a entidade, as vacinas atualmente aprovadas contra a covid-19 seguem eficazes na prevenção de formas sintomáticas e graves da doença, mesmo com a presença da nova mutação.
A NB.1.8.1 é uma variante derivada da recombinante XDV.1.5.1 e apresenta mutações na proteína Spike — especialmente nas posições 435, 445 e 478 — que podem influenciar na transmissibilidade e na evasão imunológica. No entanto, a OMS destaca que essa evasão é apenas marginal em relação à LP.8.1, não indicando maior capacidade de causar quadros mais graves da doença.
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Relatórios da OMS mostram que a NB.1.8.1 tem se tornado mais prevalente nas últimas semanas. Em 18 de maio de 2025, já haviam sido enviadas 518 sequências genéticas da variante para o banco GISAID, oriundas de 22 países, representando 10,7% das amostras genéticas coletadas entre 21 e 27 de abril — um salto expressivo em relação aos 2,5% registrados quatro semanas antes.
Embora alguns países afetados tenham registrado aumento de casos e hospitalizações, a organização afirma que não há indícios de que a nova variante provoque formas mais graves da covid-19. Até o momento, não foram observados aumentos em internações em UTI, óbitos hospitalares ou mortalidade geral associados à NB.1.8.1.
A OMS reforça que continua monitorando a evolução da variante em conjunto com autoridades sanitárias internacionais, mas não há recomendação de mudança nos protocolos de saúde ou vacinação com base nos dados atuais.