Muitas mulheres enfrentam dificuldade para chegar ao orgasmo. E esse desafio tem nome, se chama anorgasmia. O problema atinge até 25% da população feminina e, apesar de comum, ainda é cercado de dúvidas, inclusive entre especialistas.
A anorgasmia pode se manifestar de formas diferentes. A chamada primária ocorre quando a pessoa nunca teve um orgasmo. Já a secundária se refere à perda dessa capacidade após já tê-la experimentado. Existe ainda a situacional que é quando a mulher consegue atingir o orgasmo sozinha, mas não com um parceiro.
De acordo com a ginecologista Talia Crawford, da The Cleveland Clinic, uma das principais causas está na falta de estímulo adequado às zonas erógenas genitais.
“Sem estimulação direta do clitóris, muitas mulheres não chegam ao clímax durante a relação sexual vaginal”, afirma.
Ela sugere que os parceiros explorem outras áreas sensíveis do corpo, como mamilos, axilas, orelhas, dedos dos pés e até o couro cabeludo, além de, claro, priorizar a comunicação.
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Fatores emocionais como ansiedade sexual e insegurança, ou até físicos como efeitos colaterais de antidepressivos, medicamentos para pressão arterial ou quimioterapia também podem interferir no prazer.
O desafio, segundo a especialista, é olhar para o sexo como uma descoberta. “Se você nunca teve um orgasmo, pode ser necessária uma hora de estimulação na primeira vez. Encare o momento como uma oportunidade de conhecer seu corpo, seu parceiro e novas formas de intimidade.”