Especialistas destacam a relevância dos primeiros anos de vida para o crescimento cerebral das crianças. A neuropsicóloga Dra. Karliny Uchôa, destaca que alimentação desempenha um papel fundamental neste processo, ao fornecer os nutrientes indispensáveis para a criação e operação correta das conexões neuronais.
“Os primeiros anos de vida são uma janela de oportunidades para o neurodesenvolvimento, é durante esse período que o cérebro cresce mais rapidamente e depende de uma nutrição adequada para formar novas conexões e garantir um desenvolvimento saudável da criança”, explica a especialista.
Como a alimentação impacta o cérebro infantil?

O neurodesenvolvimento é um processo que envolve a formação de neurônios, o fortalecimento das conexões cerebrais e o desenvolvimento de habilidades cognitivas, motoras e emocionais, para que isso aconteça de forma saudável, o organismo precisa de nutrientes específicos.
“Vitaminas, minerais e gorduras boas são essenciais para funções cerebrais como memória, aprendizado e concentração. Uma alimentação equilibrada contribui para o desenvolvimento emocional e até para o comportamento da criança”, destaca a Dra. Karliny Uchôa.
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Os nutrientes essenciais para o neurodesenvolvimento
Ômega-3 – Presente em peixes, nozes e sementes, favorece a formação das conexões neurais;
Ferro – Encontrado em carnes, feijão e vegetais verde-escuros, é essencial para a oxigenação do cérebro;
Colina – Importante para a memória e o aprendizado, está presente nos ovos e na soja;
Zinco – Atua no desenvolvimento cognitivo e pode ser encontrado em grãos integrais, carnes e castanhas;
Vitaminas do complexo B – Presentes em cereais, ovos e leite, são fundamentais para a comunicação entre os neurônios.
O que evitar na alimentação infantil?
Além de incluir alimentos nutritivos, é importante evitar o consumo excessivo de açúcares, ultraprocessados e gorduras trans, que podem prejudicar o desenvolvimento cerebral.
“Alimentos industrializados em excesso podem afetar a concentração, o sono e até aumentar o risco de problemas comportamentais na infância”, alerta a neuropsicóloga.