Você já se sentiu mentalmente esgotado após uma semana de trabalho intenso? Um novo estudo científico mostra que essa exaustão pode ir além da sensação de cansaço — ela pode, de fato, mudar a estrutura do seu cérebro. Pesquisadores da Coreia do Sul descobriram que trabalhar longas horas está associado a alterações em regiões cerebrais responsáveis por funções cognitivas e controle emocional.
Essas descobertas lançam luz sobre os impactos neurológicos do excesso de trabalho, um problema que vai muito além do estresse cotidiano e se torna uma questão urgente de saúde pública.
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Os pesquisadores acreditam que as alterações podem ser parcialmente reversíveis com a redução dos fatores estressores, embora o retorno total à normalidade possa levar tempo. Especialistas da OMS, que não participaram do estudo, destacam que os dados fortalecem evidências anteriores sobre os riscos das longas jornadas de trabalho já associadas a doenças como diabetes, problemas cardíacos e queda cognitiva.
Apesar das limitações do estudo, como o número restrito de participantes e o foco em apenas uma categoria profissional, os resultados reforçam a necessidade de repensar a cultura do excesso de trabalho. Para os autores, governos e empregadores devem tratar a sobrecarga laboral como uma questão séria de saúde ocupacional.