A demência é uma condição crônica e progressiva, o que significa que piora com o tempo, e não tem cura, mesmo que existam opções de tratamento. Problemas de memória, raciocínio, linguagem e atitudes são suas principais características. Aqui você vai conferir dicas de especialistas para reduzir os riscos da condição.
Segundo o Ministério da Saúde, somente no Brasil, cerca de 2 milhões de pessoas convivem com algum tipo de demência. E isso não é tudo: a expectativa é de que esse número chegue aos 6 milhões em 2050.
Em geral, é mais comum observar diferentes tipos de demência em idosos, mas ela também pode ocorrer em pessoas mais jovens.
Antes de abordar as maneiras de prevenção, é preciso também citar quais são as principais características. Entretanto, esses sinais vão depender muito do tipo de problema vivenciado pelo paciente e de outros fatores. Mas boa parte das queixas são:
- alterações na memória, com dificuldade para se lembrar de fatos recentes e antigos;
- problemas na concentração;
- dificuldades para formar raciocínios;
- problemas para se lembrar de palavras;
- desorientação e confusão;
- dificuldade para realizar tarefas que fazem parte da rotina, como escovar os dentes, entre outros.
O diagnóstico é um grande desafio. Como não existe um exame específico, o processo geralmente é baseado na exclusão de outras possíveis causas para os sintomas.
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Então, é realizado um check-up completo com exames laboratoriais e de imagem. O médico também deve conduzir testes no consultório e coletar um histórico completo do paciente.
Em um estudo publicado por uma comissão de especialistas e publicada na revista científica The Lancet, afirma que metade dos casos de demência pode ser evitados se as pessoas seguirem hábitos de saúde simples e os responsáveis por políticas públicas tomarem algumas decisões.
As 12 atitudes recomendadas para reduzir o risco de demência pela Comissão Lancet 2024 são:
- Boa educação e estimulação mental na vida adulta;
- Tratamento para depressão;
- Proteção da cabeça em esportes de contato;
- Exercícios regulares;
- Não fumar;
- Reduzir a pressão arterial elevada;
- Reduzir o colesterol alto;
- Mantenha um peso corporal saudável;
- Reduzir o alto consumo de álcool;
- Evitar o isolamento social na velhice;
- Testes e óculos para perda de visão;
- Prevenir diabetes;
A alimentação também pode ser uma aliada para a prevenção. A ingestão de alimentos e de suplementos nutricionais ricos em zinco, em magnésio, em ácido fólico e em vitaminas B6 e B12 são aliados do cérebro.
Segundo Thais Mussi, Metabologista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), Frutas vermelhas; Folhas verdes escuras; Cogumelos; Azeite de oliva; Chá-verde; Beterraba; Alecrim e Nozes, são excelentes alimentos para acrescentar na dieta e evitar os riscos.
“Além desses, manter uma dieta rica e variada em frutas, vegetais, legumes, e alimentos ricos em antioxidantes de modo geral, pode ajudar a reduzir o risco de doenças neurológicas e melhorar a saúde mental”, finaliza Thais.
Vale lembrar que a demência também afeta a saúde mental, incluindo a dos cuidadores e familiares. Por isso, é necessário ter uma rede de apoio abrangente para todos os envolvidos.
“É vital que, como sociedade, desenvolvamos medidas para manter o cérebro das pessoas o mais saudável possível, principalmente porque a demência é agora a principal causa de morte”, disse o professor Charles Marshall, da Queen Mary University de Londres em entrevista ao The Sun.
A atividade física pode ajudar e muito o alivio do estresse e a frustração e, portanto, pode ajudar a prevenir problemas do sono e comportamento disruptivo, como agitação e ato errante. Também ajuda a melhorar o equilíbrio (e, portanto, pode ajudar a evitar quedas) e ajuda a manter o coração e os pulmões saudáveis.
Com informações de Einsten – Vida Saudável e Metrópoles.