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Rim desaparecido: no DF, família vai à Justiça após erro em autópsia

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Emídia Oliveira faleceu aos 74 anos, mas a história envolvendo seu falecimento ganhou um novo capítulo. A exumação realizada pelo Instituto de Medicina Legal (IML) revelou que o rim da paciente, inicialmente dado como desaparecido, sempre esteve em seu corpo. Este erro médico levou a família a processar a Secretaria de Saúde e os profissionais envolvidos por danos morais, gerando uma investigação interna na Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF).

O advogado Kenneth Chavante, parente da paciente e presidente da Comissão de Direito Médico e da Saúde da OAB-DF em Samambaia, destacou a imperícia e a falta de qualificação técnica da legista responsável pela autópsia inicial.

“A imperícia da legista, sua inaptidão, ignorância e falta de qualificação técnica, teórica ou prática, ficaram evidentes”, afirmou Chavante.

A família agora busca reparação pelos danos causados, enquanto a SES-DF e os médicos envolvidos enfrentarão processos legais.


Saiba mais:


Exumação e Laudo do IML

O laudo da exumação, realizada em 25 de junho no Cemitério de Taguatinga, confirmou a presença de todos os órgãos de Emídia, incluindo os rins, sem sinais de atrofia. O resultado contradiz a autópsia inicial que sugeria a ausência do rim e uma possível atrofia devido a um processo infeccioso.

A família havia suspeitado de uma retirada não autorizada do órgão após uma tomografia realizada no Hospital Regional de Taguatinga (HRT), onde a paciente foi internada e faleceu em 31 de março de 2024.

Ação da Secretaria de Saúde

Em resposta, a SES-DF abriu um processo de investigação interna para apurar os fatos. A pasta afirmou estar colaborando com as investigações e fornecendo informações aos órgãos competentes. Em nota anterior, a Secretaria havia aventado a hipótese de atrofia do rim devido a complicações de saúde da paciente, mas o laudo recente refutou essa possibilidade.

Histórico e desdobramentos

Emídia Nunes buscou atendimento no HRT devido a sintomas de enjoo, tontura e dores abdominais. Após complicações e reanimações falhas, seu óbito foi declarado em 31 de março. A resistência inicial do hospital em realizar a autópsia e a posterior descoberta da presença dos órgãos geraram indignação e dúvidas sobre a conduta médica e administrativa no caso.

A família de Emídia continua a lutar por justiça e responsabilização dos envolvidos. O corpo da idosa será sepultado novamente em uma cerimônia restrita aos familiares próximos.

*com informções de Metrópoles

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