Um ato de protesto acabou em violência na manhã de sexta-feira (23/05), durante o discurso do governador do Acre, Gladson Cameli (PP), na 15ª Reunião da Task Force do Clima e Floresta (GCF Task Force), realizada em Rio Branco, capital do estado.
Na ocasião, militantes do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR) e ativistas de movimentos sociais foram agredidos fisicamente por possíveis membros da segurança do chefe de Estado.
Com faixas e cartazes, os manifestantes atribuíram a Cameli a responsabilidade pelo avanço da devastação da floresta amazônica no estado nos últimos anos.
O grupo teria interrompido o pronunciamento de Gladson com críticas ao desmatamento na área e pedia medidas para a defesa do meio ambiente, o que poderia ter desencadeado a confusão na cerimônia.

Protesto alertava governador do Acre
A reação foi violenta. Policiais militares, juntamente com seguranças privados, atacaram os manifestantes com socos, empurrões e chutes na presença do governador.
Imagens registradas por testemunhas registram o instante da agressão, provocando tumulto e indignação entre os presentes na conferência.
Ainda não se sabe a quantidade exata de feridos, mas representantes dos movimentos sociais anunciaram que farão um boletim de ocorrência e acionarão o Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) por abuso de autoridade e dano corporal.
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Entidades de defesa dos direitos humanos condenaram o incidente e solicitam a identificação e punição dos culpados. O Governo do Acre ainda não emitiu uma declaração oficial acerca das agressões.
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O encontro, destinado a debater políticas ambientais e táticas de luta contra as alterações climáticas, foi encerrado com violência e repressão contra ativistas que reivindicavam precisamente compromissos ambientais.