Manaus inicia a partir desta semana a implementação da tafenoquina, novo medicamento utilizado para o tratamento da malária. Será realizada 13 unidades de saúde da rede municipal.
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A ação faz parte da segunda etapa do estudo de “Viabilidade Operacional da Cura Radical Apropriada de Plasmodium vivax com Tafenoquina ou Primaquina após o Teste Quantitativo de G6PD no Brasil”, que é conduzido pelo Ministério da Saúde nas cidades de Manaus e Porto Velho (RO).
O estudo vai permitir que o Ministério da Saúde obtenha informações e provas de como o novo esquema de tratamento funciona na prática do atendimento nas unidades de baixa complexidade, verificando a viabilidade operacional.
Dessa forma será possível fazer as correções necessárias, definir o melhor tratamento para os pacientes e decidir sobre incorporar ou não a tafenoquina na rotina do Programa Nacional de Controle da Malária.
“O tratamento utilizado atualmente contra a malária inclui a cloroquina e a primaquina. O estudo vai avaliar a possibilidade de substituição da primaquina pela tafenoquina no esquema medicamentoso, reduzindo o tempo de tratamento”, informa a gerente de Vigilância Ambiental da Semsa, Alinne Antolini.
Paralelo à implementação da tafenoquina na rede municipal, também será iniciada, nas 13 unidades de saúde selecionadas para o estudo, a oferta do teste do nível da enzima G6PD do paciente, que visa reduzir o risco de complicações no tratamento.
“Quando o nível desta enzima fica abaixo do recomendado, o medicamento contra malária, tanto a primaquina quanto a tafenoquina, pode provocar anemia hemolítica, uma doença grave que pode levar o paciente ao óbito. Então, o uso da tafenoquina está condicionado à realização do teste G6PD, que também é um novo procedimento na rotina de atendimento. O aparelho para a realização desse exame na unidade de saúde começou a ser usado agora”, explica a enfermeira.
*Com informações da assessoria