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Festival Eurovisão sofre pressão de pró-palestinos contra participação de Israel

O Festival de Eurovisão da Canção, uma competição internacional de canções organizada anualmente pela União Europeia de Radiodifusão (UER) está em vistas de boicote de artistas participantes finlandeses e islandeses, bem como manifestantes na Noruega, que pedem a exclusão de Israel do evento, que se realizará em Malmö (Suécia), em maio de 2024.

O anúncio da participação dos  36 países, incluindo Israel foi feito em 5 de dezembro de 2023, de todos os paises que participariam na Eurovisão 2024, os artistas nórdicos juntam-se às vozes de artistas e ativistas pró-palestinianos que apelam ao boicote do concurso.

A UER, que supervisiona a organização do concurso, reiterou que a Eurovisão é um evento “apolítico” e que Israel cumpre todas as condições para participar.

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Visão do concurso

“O Festival Eurovisão da Canção é um concurso para os organismos públicos de radiodifusão de toda a Europa e do Médio Oriente. É um concurso para emissoras e não para governos. E a emissora pública israelita participa no concurso há 50 anos”, referiu a instituição.

Apesar da posição oficial dos organizadores do evento, mais de 1400 artistas finlandeses uniram as suas vozes às dos músicos islandeses para exigir que Israel fosse banido por causa dos alegados crimes de guerra em Gaza, com uma petição.

“Não está de acordo com os nossos valores que um país que comete crimes de guerra e continua uma ocupação militar tenha um palco público para polir a sua imagem em nome da música”, exaltou o trecho assinado.

Sem representantes

A pressão para exclusão de Israel envolveu artistas, entre os quais Axel Ehnström, que representou a Finlândia na Eurovisão em 2011, afirmou que, se Israel não for excluído do concurso, a Finnish Broadcasting Company (Yle) deve boicotar o concurso e recusar-se a enviar um candidato finlandês.

Lukas Korpelainen, um dos autores da petição, declarou ao jornal Hufvudstadsbladet que é inaceitável que Israel participe na Eurovisão.

“Israel viola os direitos humanos. Não nos parece correto que o país participe na Eurovisão para polir a sua imagem”, disse Korpelainen.

Resposta de Israel

Outra pressão para retirada de Israel da Eurovisão, foi da Associação Islandesa de Compositores e Letristas que disse à emissora nacional RUV que os seus membros não participariam na seleção local da Eurovisão 2024 se mantivessem a decisão.

A petição islandesa também fez eco dos receios de uma duplicidade de critérios, observando que a UER excluiu a Rússia depois de esta ter invadido a Ucrânia em 2022.

Em resposta aos pedidos de proibição, o embaixador de Israel na Suécia, Ziv Nevo Kulman, afirmou:

“No dia 7 de outubro, Israel foi brutalmente atacado por uma organização terrorista que apela abertamente à sua aniquilação. Promover um boicote a Israel é apoiar os atos do Hamas, é dar um prémio ao terrorismo e é incompatível com os valores da (União de Radiodifusão da Eurovisão) e do concurso”, declarou.

Israel participa no concurso desde 1973 e já venceu o concurso por diversas vezes, em 1978, 1979, 1998 e, mais recentemente, em 2018, quando Netta Barzilai venceu com “Toy” em Lisboa.

*com informações Euronews

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