Em 1o. de janeiro, o presidente da França Emmanuel Macron assumiu também a presidência da União Europeia. A presidência da UE é rotativa e Macron a deterá pelos próximos seis meses. O programa de governo dele, com 70 páginas, foi divulgado, e nem o Brasil nem o Mercosul são sequer mencionados como foco da política externa do bloco.
No programa, a França deixa claro que vai impor barreiras comerciais à importação de produtos vindos de países com altos índices de desmatamento de florestas.
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Em novembro, o próprio Macron revelou que as relações entre Brasil e França já estiveram melhores. O governo brasileiro tinha esperança de fechar o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia que vinha sido negociado há 20 anos, mas ele precisará ser ratificado por todos os países membros da UE, e a França já sinalizou que não firmará compromisso com o Brasil enquanto as taxas de desmatamento da Amazônia não diminuírem.
Vale lembrar que Macron e o presidente brasileiro Jair Bolsonaro já trocaram farpas na mídia alguns anos atrás a respeito das queimadas na Amazônia.
O Itamaraty recebeu o documento da UE com preocupação e já se prepara para um ano delicado no tocante às relações internacionais entre o Brasil e os países europeus.
Com informações do UOL.