Reportagem da Folha de S. Paulo revelou que em algumas regiões do país ocorreram problemas nas entregas das vacinas contra Covid-19 para crianças. Demora e vacinas em condições inadequadas de armazenamento e transporte foram observadas em alguns casos durante o último fim de semana.
Gestores do ministério teriam avisado os estados de que caberia às suas secretarias prosseguir com a logística até as redes de frios locais. O que é diferente da política adotada até então, que era da empresa contratada efetuar os deslocamentos dos aeroportos até os centros de armazenamento nas capitais. Por isso, o próprio ministério admitiu, houve “desencontros” em alguns casos.
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Segundo a reportagem, a empresa IBL (Intermodal Brasil Logística) foi contratada sem licitação pelo ministério da Saúde para transporte e entrega das doses. A IBL ganhou dois contratos em dezembro, no valor de R$ 62,2 milhões, para armazenar e distribuir a vacina da Pfizer destinada à imunização de crianças e adolescentes, sem ter experiência de transporte de vacinas no setor público.
Em João Pessoa (PB), por exemplo, não havia equipe da IBL para receber a vacina e transportá-las até seus destinos finais. Em Goiás (GO), houve atrasos sucessivos e no fim as doses tiveram de ser transportadas por terra. No estado de Santa Catarina (SC), doses foram recebidas e transportadas em caixas de papelão com gelo.
O ministério da Saúde afirmou que “A pasta prestou toda assistência aos entes federados no processo de envio das doses, realizado em tempo recorde para que a imunização infantil tivesse início. A empresa IBL compareceu em todas as capitais para o recebimento da carga”.
Via Folha de S. Paulo.