Nos últimos dois anos, o número de casos de malária no Amazonas registrou estabilidade – até esta quarta-feira (5), foram 58.907 casos em 2020, e 57.194 em 2021, conforme dados divulgados pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP).
Em 2021, os picos de casos foram registrados no período sazonal da doença, que coincide com a vazante dos rios no Amazonas, entre o período de julho a outubro. Os dados constam no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica – Malária (Sivep-Malária), do Ministério da Saúde.
Somente em Manaus foram registradas 4.459 infecções. A capital do estado ocupa o terceiro lugar no ranking dos municípios do Amazonas com maior quantidade de registros da doença.
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De acordo com a diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, as secretarias municipais de Saúde realizam ações estratégicas de combate à doença, custeadas por repasses federais anuais para subsidiar o controle da doença em todo o estado.
“A malária é desafio para a saúde pública. Por isso, realizamos controle vetorial, busca ativa, oferta de diagnóstico e tratamento de forma imediata, evitando formas graves ou novos casos”, afirma.
No Amazonas, as ações de diagnóstico da malária são coordenadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Amazonas (Lacen-AM), junto às unidades de saúde.
Tratamento
Conforme análise epidemiológica da Sala de Situação de Saúde do Amazonas, coordenada pela FVS-RCP, os municípios que mais apresentaram casos de malária em 2021 foram: Barcelos (9.144), São Gabriel da Cachoeira (9.010), Manaus (4.459), Tefé (3.360), Tapauá (2.721), Santa Isabel do Rio Negro (2.572), Carauari (2.247), Coari (1.974), Canutama (1.939) e Lábrea (1.915).
O Amazonas deu início, em setembro do ano passado, à fase de implementação da tafenoquina, medicamento que reduz o tempo de tratamento da malária vivax, tipo mais comum da doença.
Seis unidades da rede pública estadual de saúde na capital passaram a receitar o medicamento, juntamente com o teste G6PD, aplicado em diagnósticos deste tipo da doença. Manaus e Porto Velho (RO) são as primeiras cidades do mundo a utilizar esse tratamento.
A tafenoquina é um medicamento administrado em dose única, que facilitará a adesão do paciente e será uma alternativa ao tratamento com primaquina, administrada por sete dias. A nova droga não exclui o uso associado com cloroquina.
Via assessoria
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