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Conheça a história do judoca amazonense que perdeu a visão e se tornou atleta paralímpico

Aos 13 anos, atleta foi atingido com um disparo de arma de fogo na região dos olhos
11/10/25 às 09:00h
Conheça a história do judoca amazonense que perdeu a visão e se tornou atleta paralímpico

Foto: Sedel

Elielton Oliveira, de 31 anos, amazonense, deficiente visual e representante do Brasil nas Olimpíadas de Paris 2024. Um jovem que venceu os desafios e se tornou exemplo a pessoas de todas as idades. Aos 13 anos, o judoca perdeu a visão após um acidente. Ele foi atingido com um tiro de arma de fogo na região dos olhos e teve que, logo nos primeiros anos da adolescência, lidar com o grande desafio de se readaptar a vida, com 100% da vista comprometida.

O esporte 

Foi através do esporte que ele encontrou uma válvula de escape. Tudo começou no jiu-jitsu em 2014. Porém, foi no judô que ele se encontrou por meio de uma amiga.

“Peguei o amor ao jiu-jitsu, comecei a treinar na academia. De repente recebi o convite de uma amiga minha, que trabalhava na administração da Vila Olímpica para fazer um treino de judô”, explicou ele em entrevista ao portal Rede Onda Digital.

Na Vila Olímpica, Elielton conheceu um professor que, rapidamente, identificou o talento dele para o esporte e resolveu investir.

“Ele começou a me inscrever em competições oficiais do judô paralímpico e logo quando eu vim participar, na minha segunda competição, o técnico da seleção brasileira gostou do meu desempenho nas competições e me convidou pra uma fase de treinamento para me avaliarem mais de perto”, explicou.

Foto: Sedel

Paris 2024

Após as provas de avaliação, ele continuou competindo e se tornou em 2024, o primeiro colocado no ranking brasileiro do judô, e segundo no internacional, se classificando inclusive para as Paraolimpíadas em Paris.

“Eu me apaguei a isso, continuei dando foco a isso. A gente conseguiu chegar lá, não veio a medalha, mas a gente tá se preparando para a próxima”, contou o atleta, que ficou em 5º lugar na competição e teve a oportunidade de viajar para a França e outros países através do esporte.


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Outros campeonatos 

Após a competição, ele ficou ainda mais focado e participou de outros campeonatos.

“Agora eu tô na categoria de 70 e já participei em três competições, na Georgia, e a gente tá pontuando bastante lá. Estou em 11º lugar e ainda tem três anos para a gente pontuar e chegar no lugar mais alto do pódio”, explicou sobre as últimas competições já com expectativas para as próximas.

“Tivemos uma competição agora em dezembro, o Parapan e um Gran Pri que é internacional, mas vai acontecer em são Paulo”, contou.

Próximos desafios 

E o nível preparatório está cada vez maior. Afinal, quando mais alto se quer chegar, mais preparado precisa estar.

“E a nossa preparação tá sendo fortalecimento, treinar com inteligência, a gente tem uma equipe com muitos profissionais. Investir mais nas técnicas”, contou.

Dia da Pessoa com Deficiência Física 

A história de Elielton Oliveira é contada em virtude do ‘Dia da Pessoa com Deficiência Física’. Criada a partir da Lei nº 2.795, de 15 de abril de 1981, instituída em 11 de outubro em São Paulo. Data que, posteriormente, foi adotada nacionalmente para conscientizar sobre a importância da inclusão e garantir os direitos dessas pessoas na sociedade.